quinta-feira, fevereiro 28, 2013

O DESTEMPERO DE UM NEVES



Final de fevereiro de 2013. Definitivamente entramos em campanha eleitoral. Os ataques já começaram entre os prováveis candidatos. 

De um lado o lulismo, que tenta manter a ex-guerrilheira Dilma na presidência do Brasil. De outro, os que tentam chegar lá pelas portas do fundo. 

Longe do que foi o avô Tancredo Neves, Aécio Neves atacou o lulismo, na verdade, o governo que aí está, de forma melancólica, em completo destempero e desarmonia, coisas não sensatas a um bom mineiro que, normalmente, pensa antes de falar. 

Tancredo Neves era um político sossegado e sempre fez política sem jamais pensar em estar à frente do poder. Agindo sempre nos bastidores e de forma discreta, o poder sempre caiu no seu colo, sem esforço. 

Foi assim que ele virou candidato a presidente do país no fim da era da Ditadura Militar. Havia vários e bons nomes para o ofício. Mas, ele, quietinho, como o bom mineiro, acabou virando consenso. Foi assim, também quando se tornou o Primeiro Ministro, nos anos sessenta, quando se tentou implantar o parlamentarismo. 

Já o neto, que parecia seguir os passos do avô, se descompôs por completo quando saiu atacando a presidente búlgara e o lulismo. 

Não que estes não mereçam críticas severas pelos abusos que vem cometendo nos últimos dez anos. Mas foi a forma destrambelhada e sem postura. Aécio mais parecia uma criança brigando pelo pirulito que lhe foi tirado. 

Tinha-se uma impressão mais sensata e comedida do senador que só está na política mais pela história pública que o avô construiu do que pelas suas qualidades e habilidades nos tratos do assunto. Afinal de contas, a política brasileira não é a mesma da política mineira. 

Para agir com tal postura de destempero, já basta o vice que Serra arrumou quando foi candidato nas últimas eleições. 

O PSDB, que foi idealizado por Covas e chegou ao poder com Fernando Henrique Cardoso, é um partido sem pedigree, assim como o PT, que só sobrevive graças aos 35 milhões de pobres brasileiros que vêem em Lula como o messianismo das coisas sociais. 

Se este estado de coisas permanecerem, o que deve acontecer, pois não se mundo a política de uma hora para outra, o Brasil, certamente, tem um futuro nada animador. 

Torcemos para que esta opinião esteja errada.

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