quinta-feira, outubro 28, 2010

Ainda há mulher de fibra

A professora de Economia Adriana Vandoni Curvo, também consultora e especialista em Administração Pública pela FGV/RJ, desabafou como todo o brasileiro gostaria de desabafar.

Sua indignação com o caos da política e o desrespeito do atual presidente da República com as coisas públicas ganhou repercussão em páginas de vários sites e blogs não só do Brasil, mas de vários países do mundo inteiro.

Se o eleitor brasileiro puder ler este desabafo, certamente, repensará na hora de votar na Dilma. Leia e, com certeza, no final da leitura não terá como se indignar.


PRESIDENTE, VÁ SE FODER!

Não sei se é desespero ou ignorância. Pode ser pelo convívio com as más companhias, mas eu, com todo o respeito que a “Instituição” Presidente da República merece, digo ao senhor Luis Inácio que vá se foder. Quem é ele para dizer, pela segunda vez, que tem mais moral e ética "que qualquer um aqui neste país"? Tomou algumas doses a mais do que o habitual, presidente?

Esta semana eu conheci Seu Genésio, funcionário de um órgão público que tem infinitamente mais moral que o senhor, Luis Inácio. Assim como o senhor, Seu Genésio é de origem humilde, só estudou o primeiro grau e sua esposa foi babá. Uma biografia muito parecida com a sua, com uma diferença, a integridade. Ao terminar um trabalho que lhe encomendei, perguntei a ele quanto eu o devia. Ele olhou nos meus olhos e disse:

- Olha doutora, esse é o meu trabalho. Eu ganho para fazer isso. Se eu cobrar alguma coisa da senhora eu vou estar subornando. Vou sentir como se estivesse recebendo o mensalão.

Está vendo senhor presidente, isso é integridade, moral, ética, princípios coesos. Não admito que o senhor desmereça o povo humilde e trabalhador com seu discurso ébrio.

Seu Genésio, com a mesma dificuldade da maioria do povo brasileiro, criou seus filhos. E aposto que ele acharia estranho se um dos quatro passassem a ostentar um patrimônio exorbitante, porque apesar tê-los feito estudar, ele tem consciência das dificuldades de se vencer. No entanto, Lula, seu filho recebeu mais de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares) de uma empresa de telefonia, a Telemar. E isso, apenas por ser seu filho, presidente! Apenas por isso e o senhor achou normal. Não é corrupção passiva?

Isso é corrupção Luis Inácio! Não é ético nem moral! É imoral! E o senhor acha isso normal?

Presidente, sempre procurei criar os meus filhos dentro dos mesmos princípios éticos e morais com que fui criada. Sempre procurei passar para eles o sentido de cidadania e de respeito aos outros. Não posso admitir que o senhor, que deveria ser o exemplo de tudo isso por ser o representante máximo do Brasil, venha deturpar a educação que dou a eles. Como posso olhar nos olhos dos meus filhos e garantir que o trabalho compensa, que a vida íntegra é o caminho certo, cobrar o respeito às instituições, quando o Presidente da República está se embriagando da corrupção do seu governo e acha isso normal, ético e moral?

Desafio o senhor a provar que tem mais moral e ética que eu! Quem sabe "vossa excelência" tenha perdido a noção do que seja ética e moralidade ao conviver com indivíduos inescrupulosos, como o gangster José Dirceu (seu ex-capitão), e outros companheiros de partido, não menos gangsteres, como Delúbio, Sílvio Pereira, Genoíno, entre outros.

Lula, eu acredito que o senhor não saiba nem o que seja honestidade, uma prova disso foi o episódio da carteira achada no aeroporto de Brasília. Alguém se lembra?

Era início de 2004, Waldomiro Diniz estava em todas as manchetes de jornal quando Francisco Basílio Cavalcante, um faxineiro do aeroporto de Brasília, encontrou uma carteira contendo US$ 10 mil e devolveu ao dono, um turista suíço. Basílio foi recebido por esse senhor aí, que se tornou presidente da república. Na ocasião, Lula disse em rede nacional, que se alguém achasse uma carteira com dinheiro e ficasse com ela, não seria ato de desonestidade, afinal de contas, o dinheiro não tinha dono.

Essa é a máxima de Lula: achado não é roubado.

O turista suíço quis recompensar o Seu Basílio lhe pagando uma dívida de energia elétrica de míseros 28 reais, mas as regras da Infraero, onde ele trabalha, não permitem que funcionários recebam presentes. E olha que a recompensa não chegava nem perto do valor da Land Rover que seu amigo ganhou de um outro "amigo".

Basílio e Genésio são a cara do povo brasileiro. A cara que Lula tentou forjar que era possuidor, mas não é. Na verdade Lula tinha essa máscara, mas ela caiu. Não podemos suportar ver essa farsa de homem tripudiar em cima na pureza do nosso povo.

Lula não é a cara do brasileiro honesto, trabalhador e sofrido que representa a maioria. Um homem que para levar vantagem aceita se aliar a qualquer um e é benevolente com os que cometem crimes para benefício dele ou de seu grupo e ainda acha tudo normal! Tenha paciência! "Fernandinho Beira-Mar", guardando as devidas proporções, também acha seus crimes normais.

Desculpe-me, 'presidente', mas suas lágrimas apenas maculam a honestidade e integridade do povo brasileiro, um povo sofrido que vem sendo enganado, espoliado, achacado e roubado há anos. E é por esse povo que eu me permito dizer: Presidente, vá se foder!

Adriana Vandoni Curvo

e-mail: avandoni@uol.com.br - Blog: http://argumento

sábado, outubro 23, 2010

Brasil exporta a corrupção ao futebol mundial. Que vergonha!

Explicações óbvias sabendo de antemão que jamais terá punição,
muito menos investigação. Até quando o Brasil será assim?


Aquilo que o Brasil saber fazer de melhor, a corrupção, está tentando aterrisar em solos europeus, por meio de Ricardo Teixeira, o eterno presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). É o que afirma o jornal inglês Dayly Mail que, por meio de reportagem, mostra o envolvimento de Teixeira em participação de esquema para favorecer as candidaturas da Espanha e do Qatar para sediar as Copas de 2018 e 2022, procurando, com isso, evitar que a Inglaterra tenha oportunidade de voltar a organizar a competição. A mesma informação também foi publicada no jornal The Times.

Conforme o jornal, a Espanha estaria propondo troca de votos com Qatar por meio de acordo firmado com o pequeno, mas poderoso financeiramente país árabe, situação que não permitida pela própria Fifa. Aliás, esta entidade, que é aponta como que mais congrega países em torno de uma organização mundial, mais que a ONU (Organização das Nações Unidos), sempre, ao longo de sua história se pautou pela ética e busca da paz entre os seus confederados. E assim tem se mantido como exemplo.

Como toda corrupção que se preza, não é só Teixeira que está envolvido. São citados também no conluio em favor da Espanha e Qatar o espanhol Angel Maria Villar Llona, o argentino Julio Grondona e o guatemalteco Rafael Salguero.

A direção da Fifa, que já abriu sindicância para apurar os fatos, afirma que não tolera estes tipos de acordos isolados em nome da própria entidade e das confederações filiadas. “A Fifa é uma entidade de excelência e não é conivente com as sujeiras que ocorrem no mundo”, disse o presidente Joseph Blatter, em entrevista coletiva tempos atrás.

A entidade, dias antes deste fato, suspendeu dois dirigentes acusados de venda de votos: o nigeriano Amos Adamu e o taitiano Reynald Temarii. Ambos foram filmados fazendo barganha com seus votos na troca de apoio à Espanha e ao Qatar. A escolha dos paises sedes para as referidas copas, acontece dia 2 dezembro, em Zurique, na Suíça.

Como sempre acontece, situações de corrupções ocorrem em demasia em países pobres e latino-americanos, como é o caso do Brasil, e consequentemente da Argentina.

A Fifa deveria agir logo e, como medida, suspender as candidaturas dos dois países solicitantes à sede de mundiais, além de penalizar os demais envolvidos na falcatrua, como é o caso do Brasil. Se não tomar estas medidas, a entidade confirmará que está perdendo força e se tornando uma entidadezinha qualquer, fazendo golpe de vista à sujeira.

Para nós brasileiros, que deveríamos estar exportando qualidades, esta mancha de Teixeira suja a todos nós. Por isso, que o Brasil é visto nos filmes europeus e estadunidenses como rota de fuga dos marginais de lá para cá. Com inveja, como sempre, o nosso país está querendo fazer ao contrário.

A bem da verdade é que o futebol caiu como luva para Ricardo Teixeira. A exemplo de Lula, na política. O homem não entende nada futebol, não sabe chutar uma bola, nem para um time ele torce. Dizem que é o Ameriquinha do Andaraí. Mas, se tornou o nome mais poderoso do esporte mais popular do país.

Há uma explicação para isso. Ele era genro de João Havelange, que ao deixar a presidência da antiga CBD (Conselho Brasileiro dos Desportos) indicou aos ditadores militares brasileiros Ricardo para assumir o comando do futebol. Foi o que se sucedeu. Antes porém, a entidade foi presidida por Heleno Nunes e depois Giulite Coutinho. Com Ricardo mais experiente e Havelange no comando da Fifa, então, os militares acataram a determinação.

Ricardo é presidente da maior entidade do futebol sem jamais ter sido presidente de um time futebol. Coisa estranha. Não se questiona que ele não seja competente. Ele tem suas qualidades administrativas. Tudo bem!

O que está evidente é que o futebol brasileiro nunca ganhou tanto dinheiro como nos últimos vinte anos e a gastança com o dinheiro público se tornou uma farra. Pois, a CBF recebeu enormes quantias do erário público sem jamais prestar contas. E Ricardo Teixeira, neste período, se tornou um dos homens mais ricos do país.

Mas, como se o presidente da CBF não deve receber ordenado. Ainda que receba não daria para atingir riquezas que levariam 100, 200 anos, talvez. Estranho, não? Não é preciso dizer mais nada. Fique na consciência do leitor o que deve ser pensado.

Agora, não contente com a riqueza na CBF, Ricardo quer o mundo, quer a Fifa. E com ele, seguirá, os maus costumes da triste realidade brasileira. O craque Gerson já tinha previsto tudo isso. Uma pena que o Brasil possa ter este tipo de exportação.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Um mundial a ser questionado

Título de 2000 do Corinthias abre precedentes
para a reivindicação de outros times mundiais

Esta semana está sendo de muitas revelações. Uma delas é no futebol. Com todo respeito aos corintianos, mas Roberto Carlos, o lateral esquerdo do time, está coberto de razão. Não é nada fácil um jogador vir a público e dizer o que ele disse, afirmando, em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, que o título ‘mundial’ conquistado pelo Corinthians em 2000 não passou de um ‘mundialito’. Só um jogador da estirpe dele teria a coragem e postura de dizer isso.

Na verdade, o torneio daquele ano foi experimental. O Corinthians nem poderia ter participado dele. Isso só ocorreu em virtude do torneio ter sido realizado no Brasil e, para brindar o país, a Fifa, por motivos políticos e marketing, acabou incluindo o time paulista por ter sido o campeão nacional daquele período.

Foi merecida a conquista? Sim, sem dúvida, pois o time corintiano, apesar de não ter jogado tão bem aquela final com o Vasco da Gama, ganhou nas disputas de penalidades. Graças a uma finalização, incrivelmente desperdiçada por Edmundo, então o craque cruzmaltino. Durante os noventa minutos, o Vasco foi melhor.

Mas, como Roberto disse, os times visitantes, principalmente Real Madrid (onde ele jogava na época) e Manchester City não queriam nada com nada, pois sabiam que o título não tinha valor significativo. Vieram ao Brasil mais em ritmo de férias. “Muitos jogadores do nosso time ficavam acordados até às 5h, 6h. O pessoal não dormiu, muitos vieram aqui a passeio", diz ele na entrevista.
“Além do mais, os times europeus enfrentaram um calor enorme. O pessoal do Manchester United, então, lá no Rio, ficava só na piscina”, completou.

Diante desta exposição, vinda de um jogador que é ídolo atual dos corintianos, de, fato, o ‘mundial’ ganho não passou de torneio de férias. No entanto, o Corinthians levou isso a sério e coloca a conquista como a principal da sua história. Fato mais do que importante para a glória e honra dos cem anos da existência do time. Mas, não para a história do futebol mundial.

Esse ‘mundialito’, como Roberto bem disse, abriu precedentes para que outros times de todo o planeta reivindicassem conquistas de torneios internacionais semelhantes dos últimos sessenta anos. Sãos os casos do Millonarios (Colômbia), América (México), Hovend (Hungria), Vasco e Palmeiras, ambos brasileiros. Além de outros mais. Todos entendem que suas conquistas foram semelhantes ao do Corinthians.

No entanto, os organismos e pesquisas do futebol entendem que para ser campeão do mundo, o time necessita ser campeão do seu país (o que ocorreu com o Corinthians), depois o do continente e, sequentemente ter o direito de disputar a final do mundial. Desta forma, São Paulo (três vezes) Santos (duas), Flamengo, Grêmio e Internacional sãos únicos times brasileiros campeões mundiais.

Não se pretende menos prezar a brilhante conquista corintiana em 2000, mas ela não tem o mesmo peso que tiveram as equipes citadas que venceram seus mundiais depois de conquistarem os títulos nacionais e continentais. Justiça seja feita para o bem da história do futebol mundial. Nada mais que isso.

Heloísa Helena: mulher de coragem

Exemplo de honra e dignidade da política
brasileira nos dias atuais de eleição presidêncial


No Brasil atual, em tempos de eleições, é preciso ter muita coragem e vergonha na cara para se dizer o que se sente e o que se deve ser ouvido. Partindo de um homem, eis que a tarefa é quase impossível, pois estes mentem o tempo todo e são capazes de se enganarem, até de trair a sua própria personalidade.

Digna. Muito digna a atitude de coragem de Heloisa Helena, uma mulher que representa os oprimidos deste país e que luta pelos direitos sem precisar estar nos grandes poderes. E quando lá esteve, teve a dignidade de perder, porque não se utilizou do principal elemento de artimanha que move a política de hoje: a mentira.

Nesta semana, ontem (20), ela renunciou à presidência nacional do seu partido, o Psol, que resolveu se bandear pelo lado do poder que corrompe este país: o Palácio do Planalto, onde se hospeda um aposentado especial: Luis Inácio da Silva, que a todo custo, desrespeitando o direito democrático, quer ver a subversiva Dilma na presidência do Brasil., como se o cargo fosse seu.

Pois bem. Heloísa, com muita coragem, não só renunciou à presidência do partido, como apresentou carta à Nação brasileira para justificar sua atitude e mostrar parte do que anda ocorrendo nos bastidores da política tupiniquim. Veja a carta na íntegra.
"Comunicado de Afastamento da Presidência Nacional do PSOL

1. Agradeço a solidariedade de muitos diante da minha derrota ao Senado (escrevo na primeira pessoa pois sei, como em outras guerras ao longo da história já foi dito "A vitória tem muitos pais e mães, a derrota é orfã!").

Registro que enfrentei o mais sórdido conluio entre os que vivem nos esgotos do Palácio do Planalto - ostentando vulgarmente riquezas roubadas e poder - e a podridão criminosa da política alagoana. Sobre esse doloroso processo só me resta ostentar orgulhosamente as cicatrizes, os belos sinais sagrados dos que estiveram no campo de batalha sem conluio, sem covardia, sem rendição!

2. Comunico à Direção Nacional e Militância do PSOL a minha decisão de formalizar o que de fato já é uma realidade há meses, diante das alterações estatutárias promovidas pela maioria do DN me afastando das atribuições da Presidência. Como é de conhecimento de todas(os) fui eleita no II Congresso Nacional por uma Chapa Minoritária, composta majoritariamente pelo MES e Poder Popular (MTL), em um momento da vida partidária extremamente tumultuado que mais parecia a velha e cruel opção metodológica das lutas internas pelo aparato diante dos escombros de miserabilidade e indigência da nossa Classe Trabalhadora. Daí em diante o aprofundamento da desprezível carnificina política foi ora transparente ora dissimulado mas absolutamente claro!

Assim sendo, em respeito à nossa Militância e aos muitos Dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das Instâncias Nacionais (culminando com o apoio a Candidatura de Dilma!) tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do Partido o meu afastamento e a minha permanência como Militante Fundadora do PSOL, sempre à disposição das nobres tarefas de organização das lutas do nosso querido povo brasileiro! Avante Camaradas!

Maceió, 19 de Outubro de 2010

Heloísa Helena

Enfim, Globo perde primazia do monopólio no futebol brasileiro

Levou anos, décadas, mas, finalmente, a Rede Globo perdeu a primazia de só ela poder transmitir jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol. Decisão do Cadê (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) dá condições de todas as demais emissoras do país de disputar o direito na transmissão dos jogos. E o telespectador ou ouvinte poder ter a opção que deseja.

Uma pena que esta decisão não atinja também as demais competições esportivas do país, principalmente quando se trata de selecionados brasileiros, com ênfase ao futebol. Por que só a Globo, se temos outros canais de televisão?

Se a questão é monetária, tudo bem. Que compre os direitos quem tiver mais dinheiro. O que não se permitia era o monopólio total e ditatorial da Globo. Ainda mais por se tratar de que ela usufrui de concessão que é autorizada pelo Congresso Nacional e assinada pela presidência da República. Não coloco em dúvida a aparelhagem tecnológica de que dispõe a emissora de Roberto Marinho, mesmo porque, todos sabem, que ela é financiada pelas oligarquias européia e estadunidense para defender seus interesses destes em coisas do dinheiro público que rola em terras brasileiras.

Mas, é certo que as demais emissoras também tenham o direito de transmitir aquilo que diz direito ao povo. Não pode haver exclusividade nisso. Ainda assim, está sendo dado mais um tempo de lambuja de um ano para a Globo se sustentar, como dona do Brasileirão de 2011. A nova ordem está valendo para 2012 a 2014. Vamos ver no que vai dar.

terça-feira, outubro 19, 2010

Delegado da pasta preta

Espera-se do delegado Protógenes o mínimo
de ética na defesa da coisa pública

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, eleito recentemente deputado federal pelo PCdoB, é visto nos debates presidenciais com uma pasta preta contendo documentos que procuram difamar o candidato José Serra e o próprio PSDB. No próximo dia 29, no ultimo debate eleitoral, pela TV Globo, ele promete detonar os tucanistas com uma bombástica revelação. Não tenho nada com isso e não nutro nenhuma simpatia por ambas as partes.

No entanto, o que me chama a atenção é o desespero estampado no delegado que utiliza de informações que interessam ao povo brasileiro, e apenas ao brasileiro, e as usa, para não dizer chantageia, para interesses de fins políticos, ou seja, eleitorais mesmo.

Se ele pretende ser deputado desta maneira, que me desculpem seus eleitores, mas não servirá para ser um bom parlamentar. Antes de propostas e ideais políticos, sejam pessoais ou de partidos, o parlamentar foi eleito para representar os interesses dos eleitores, principalmente dos seus, que depositaram suas confianças nele.

Se nem bem foi eleito e ainda não tomou posse, o prezado delegado deveria zelar pelo o que é de interesse público, ainda mais sendo ele um funcionário público federal. Se ele tem informações públicas que visam ‘detonar’ o adversário que o faça agora para o bem dele e do interesse público.

O Brasil não pode ficar a mercê de atitudes ‘terroristas’ como está se manifestando o camarada. Nem nos bons tempos em que se tentava fazer comunismo a coisa funcionava desse jeito.

Coisas públicas são de interesse público e não podem ficar a mercê de um funcionário público fazendo ameaças. Um parlamento se faz de homens sérios. Ainda acredito que o senhor Protógenes seja um homem sereníssimo e que vá fazer parte do parlamento como homem de qualidade e não apenas um denunciador, como está sendo noticiado que assim o fará nos próximos debates presidenciais.

Afinal de contas, nós brasileiros, temos o direito de saber das coisas públicas sem a chantagem de quem retém as informações de domínio absolutamente público.

Assassinatos no jornalismo brasileiro persistem no século 21

No Brasil dizer a verdade é pago com a morte.
E Lula ainda diz que o país vive o espetáculo do crescimento?
Qual crescimento? O dele, que só ele vê, dos seus lacaios petistas?
Em questão de dois dias duas pessoas ligadas ao setor de jornalismo foram impiedosamente assassinadas por simplesmente tentar exercer o direito de opinar sobre as maracutaias que emperram o desenvolvimento do Brasil em todos os sentidos. Dizer a verdade neste país ainda é proibido, como era o costume medieval.

Cadê a turma dos direitos humanos?. Onde está a Justiça? Por onde andam os promotores de Justiça? Estão todos acomodados confortavelmente em seus assentos e recebendo seus altos salários em dias, esperando por denuncias. Aliás, a Justiça brasileira só viver de denuncia. Não faz nada para agir se não for alguém ir até lá para denunciar, para ficar marcado.

Ao longo dos meus 33 anos de jornalismo, fui massacradamente perseguido por mostrar irregularidades nos diversos poderes constituídos deste país, principalmente em prefeituras e câmaras de vereadores. Que ganhei com isso? Se não tivesse tido esperteza para escapar dos muitos alçapões que armaram contra mim, com certeza, hoje seria mais um corpo depositado numa das valas de muitos cemitérios dos solos tupiniquins.

E os sindicatos dos jornalistas? E a Fenaj, a tal federação dos jornalistas? Para que servem? Apenas para lamentarem a morte de mais um colega? E o que dizer da ANJ, a associação nacional de jornais?

Enfim, a verdade é que o dono de jornal Wanderlei dos Reis, de 42 anos, e o radialista Francisco Gomes de Medeiros, 48, foram covardemente assassinados em suas residências.

O primeiro crime aconteceu dia 17, quando Wanderlei, proprietário do jornal Popular News, foi baleado na noite anterior por três homens armados no interior de sua casa, na região central do município de Ibitinga, no estado de São Paulo. Já Francisco Gomes de Medeiros, conhecido como F. Gomes, foi alvejado por tiros em frente sua casa, às 21h de ontem (18), no bairro Paraíba, em Caicó, a 304 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte.

De acordo com registro da Polícia Civil, F. Gomes se encontrava na calçada de sua residência, quando um homem, em uma moto, disparou vários tiros e fugiu. Ele foi levado às pressas ao Hospital de Regional de Seridó, mas não resistiu aos ferimentos. Ele trabalhava na rádio Caícó, era também repórter freelance do jornal Tribuna do Norte, e mantinha blog (página da Internet) em seu próprio nome. Conforme informações iniciais, ele havia postado, em setembro, denuncia de suspeita de troca de voto por crack, em Seridó, região densamente castigada pela seca nordestina. A notícia ganhou repercussão nacional, daí o motivo pela sua execução sumária.

Em Ibitinga, Wanderlei, com muito esforço e dedicação, tinha o propósito único de manter a população bem informada, por meio de edição, publicação e distribuição gratuita de exemplares de seu jornal, voltado basicamente para as questões políticas.

Por uma de suas opiniões ou notícias, antes da execução, foi mantido refém em sua própria casa, num dos quartos da residência, na tentativa de demonstrar que o crime seria por roubo. Um dos meliantes acertou-lhe um tiro que atingiu uma das pernas, com a bala acertando a artéria femoral. Wanderlei ainda foi socorrido, mas morreu ao dar entrada nos hospital local.

sexta-feira, outubro 15, 2010

Llosa e a esquizofrenia de Lula

Gosto de gente assim. Por isso que admiro o escritor peruano Mário Vargas Llosa, laureado recentemente com o Nobel de Literatura. Ele é autentico e não tem papas na língua. Fala o que vê, entende e conhece. Foi muito oportuna sua entrevista, em solo brasileiro, quando afirmou, com muita coragem que Lula tem conduta ‘esquizofrênica’. Ele sentenciou o que Paulo Francis escrevia em suas páginas no Estadão e Folha, antes mesmo de Lula ousar ser presidente deste país.

Ele direcionou o torpedo baseado no apoio que Lula, infantil e isoladamente, deu ao Irã na visita que o presidente daquele país Mahmoud Ahmadinejad fez ao Brasil. Disse Llosa na entrevista: “Lá no Irã estão atirando pedras em mulheres adúlteras! Como Lula vai legitimar um tirano assassino que representa uma forma anacrônica de fanatismo? Há razões políticas, geopolíticas, mas não há razão ética ou moral que justifique esse tipo de esquizofrenia na conduta de um governante”.

Nem é preciso fazer uma análise mais profunda do que representou o governo Lula nestes oito anos. Não espere algo melhor ainda com Dilma. Serão mais quatro anos de afundamento do Brasil, caso se confirme a vontade das pesquisas e não do povo.

Outra constatação de Llosa, ainda na entrevista, se refere ao encontro de Lula com Raul Castro, aquele que é irmão de Fidel, os soberanos de Cuba. “Por que um democrata no Brasil vai se abraçar com um ditador repelente como o sr. Castro no mesmo momento em que está morrendo um dissidente?”.

Pois é Vargas Llosa, esta e outras perguntas são as mesmas que fazem as pessoas conscientes que não aceitam este governo que aí está. Seria ainda mais louvável se o escritor também questionasse sobre as mortes dos prefeitos Celso Daniel, de Chiquinho e de Novo Mundo. São questões que o governo Lula jamais se esforçou para esclarecer. E as famílias de brasileiros que estão exiladas?

Caro Vargas Llosa, se o senhor ficasse um mês no Brasil teria tantas informações e razões para nem pisar em solo brasileiro diante das tantas atrocidades e inverdades cometidas por este governo, aparentemente, democrático. Se de dependesse de Lula e seus asseclas, o Brasil viraria uma Venezuela. Pior ainda, ainda uma Mauritânia, como estimou Paulo Francis.

Ainda bem que os olhos do mundo e de pessoas como o senhor, além é lógico de Deus, estão voltados para o Brasil. Caso contrário...

De qualquer forma, o que eles não podem fazer na prática o fazem com o sumiço do dinheiro público. E o povo, sempre enganado, como o senhor bem conhece, acredita que de Lula seja um padre Cícero. Por isso, manipulado por pesquisas, este povo pode eleger a subversiva Dilma. Triste retrato de quem vive no Brasil.

Lula, apresentador, e Dilma, ventríloqua. Eis o retrato do Brasil

Só faltava essa. Lula insinua que almeja ser apresentador de programa assim que deixar a presidência do país. Como se já não bastasse tê-lo como presidente por oito anos, agora teríamos que agüentá-lo vendo ou ouvindo seus dizeres sem convicção alguma. Será que ele faria um programa de humor ou um com sorteio cestas básicas? Se depender das gafes gritantes que vem cometendo não irá longe. Mas num país que tem um tal de Ratinho como apresentador tudo é possível. O que é ridículo toma o lugar do que é originalmente correto. Assim caminha o Brasil neste século 21.

De qualquer forma esta opção de Lula é a melhor que lhe pode estar caindo no momento. Muito melhor do que a tentativa de ser presidente da ONU ou obter a láurea do Nobel da Paz, situações que ele e seu staff projetaram desde que pôs os pés no Palácio do Planalto. Ainda bem que nenhum das tentativas lograram êxitos. Não porque torcesse contra, mas por que não é nada justo. Ele, nesses anos todos, não fez nada por merecer ser líder de países e muito menos e projetou para a promoção da paz.

Já é muito ele manipular sua popularidade ao impor a candidatura da ex-subversiva Dilma ao povo brasileira, já que ela jamais teria chance nem mesmo de ser eleita vereadora de Porto Alegre. Digo isso, pois quem conviveu com Dilma sabe muito bem o quão é antipática, histérica e feminista ao extremo. Nesta campanha, como a política farsante exige, ela se traveste de boa moça. De vez enquando solta suas aberrações ou seja sua verdadeira face. Como no ocorrido em que ela frisou que ‘Nem deus tiraria sua vitória’. Foi o ponto de partida para sua derrocada no primeiro turno. Ah! Se ela tivesse dito isso com mais antecedência, com certeza, não estaria no segundo turno.

O povo brasileiro apesar de não ser um cristão 100% não admite que se use o nome deus em vão, principalmente na política. Isso já se repetiu no passado. FHC que o diga, quando foi candidato a prefeito de São Paulo.
Assim que soube do resultado, Lula procurou apagar a péssima impressão deixada por Dilma ao frisar que todos do PT são da paz e do amor. Que Paz! Como a morte inexplicada até hoje de Celso Daniel?

Parece que o povo está tendo uma certa compaixão pelo apelo de Lula. Dilma lidera o segundo turno. Os tucanos esperam que ela volte a dizer outras de suas aberrações originais, próprias de seu interior subversivo.

Serra por sua vez, como estratégia, sai na frente ao dizer que apóia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mesmo que tenha que ficar mal com a comunidade judaica, da qual pertence. Dilma, atendendo palpites de Lula, virou ventríloqua e só dirá, daqui para frente, aquilo que está dito no script petista. Ou seja discurso curto e silábico.

Voltando ao futuro de Lula. Acho que lhe cairia muito bem se pegasse a esposa Marisa e entrasse numa longa férias, pois sua tarefa já foi cumprida. O resultado de seu governo? Só saberemos, com exatidão, daqui a dez anos.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Um Nobel mais do que justo

O anuncio do Prêmio Nobel de Literatura deste ano ao escritor peruano Mario Vargas Llosa é uma outorga mais do que justa e em tempo a um dos maiores talentos da literatura mundial. A Academia Sueca, que escolhe os laureados, cometeu muitos erros no passado, deixando de escolher um dos homens mais sábios da escrita do século passado, o argentino Jorge Luis Borges, agora fez justiça.

Vargas Llosa, pelo menos há vinte anos, vinha sendo apontado para receber o prêmio. Acreditava-se que ele morreria e ser alvo de mais uma injustiça. Infelizmente isso não ocorreu e Llosa leva, com muito mérito, a maior láurea que um escritor pode ter em vida. E entra para a história, definitivamente, da Literatura Mundial.

A Literatura faz parte da minha vida desde a infância, lendo os primeiros livros da biblioteca de meu avô, em Itanhaém. Llosa não foi o primeiro dos meus escritores favoritos, mas passou a fazer parte na minha adolescência quando comprei ‘A Guerra do Fim do Mundo’, em que ele retrata com muita maestria a história do conflito de Canudos em forma de romance. Fiquei comovido com a narrativa e me encasquetei querendo entender o por que dos escritores brasileiros não ter escrito algo semelhante, retratando as epopéias tupiniquins. Mais ainda, como um escritor vindo do Peru conseguiu se familiarizar tão intimamente com um personagem tão incrível da história brasileira, como Antonio Brasileiro?

Passei a me envolver sobre a vida e formato de escrita de Llosa. Não parei mais. Li outra obra de sua consagrada e vasta obra literária: ‘Conversa na Catedral’. Depois vieram outros: ‘Historia de Mayta’, ‘Quem Matou Palomino Molero?’ e ‘A Casa Verde’. Há muito mais ser lido.

Mas, Llosa não é só romance, ficção. Ele também é cronista, ensaísta, dramaturgo. Foi lendo os ensaios ‘Contra Viento y Marea’, que descobri o talento dele para as críticas filosóficas e políticas. Aprendi sobre Literatura observando seus textos.

Torci para ele não ganhar as eleições a presidente do Peru, quando perdeu para Fujimori, porque temia perder o escritor, o grande contador de histórias. Quem ganhou com isso foi a Literatura. O Nobel 2010 está em boas mãos, acertadamente.


segunda-feira, outubro 04, 2010

Marina é quem decide

Para um bom entendedor de política brasileira, meia palavra basta. Estava na cara, desde quando se iniciou a pré-campanha eleitoral, principalmente depois do anuncio, ou melhor, da imposição de Lula ao indicar sua chefe de gabinete, Dilma, à sucessão. Ao mesmo tempo, ele sabia que, apesar da popularidade, teria tarefa redobrada para convencer, primeiramente a cúpula do PT, depois os aliados e, finalmente, o eleitorado, como sempre.

Dilma, uma antipática por natureza, filhinha de classe média, metade brasileira, metade búlgara e metida nos cafundós das guerrilhas, onde foi estrategista de assaltos a bancos, seqüestros e assassinados, até de jornalista. Como iludir, primeiramente aos próximos, depois a mídia e na seqüência o povo brasileiro de que esta mulher, intragável e geniosa, seria candidata à presidente da República?

Coloquemos a cabeça para funcionar, pois não é possível que um torneiro mecânico seja mais inteligente que toda a intelectualidade brasileira? Simples, Lula agiu com a astúcia, ao estilo Getúlio, Jânio Quadros ou Adhemar de Barros, para citar alguns. Ou seja, ele, influenciado pela matemática de Marco Aurélio, seu guru, pensou: Tenho mais de 70% de aprovação popular. Certamente conseguirei transferir para Dilma pelo menos uns 40%. E os outros 30%? Foi daí que surgiu Marina e o PV, já que no PC do B, não havia ninguém competente para tal jogada maquiavélica. Muito menos no bagunçado PMDB

Marina, que em seis anos foi fiel escudeira de Lula, deixaria o Ministério do Meio Ambiente, assim como Gilberto Gil também deixou a Cultura, se dizendo chateada com o PT e o próprio governo. Tudo fachada, golpe mesmo. Neste ínterim, o nome de Dilma foi lançado. O governo usou toda a sua estrutura para fortalecer o nome da antiga guerrilheira por meio de marketing na mídia, inclusive tentando apagar o passado dela.

Nas primeiras pesquisas, Dilma não incomodava ninguém e os protestos dentro do PT e até dos aliados começaram. Lula mandou injetar mais dinheiro na mídia e na promoção de Dilma como ministra. O esforço valeu. Enquanto isso, Marina lançava sua candidatura e Serra estava na liderança das pesquisas.

Ciro Gomes ameaçava se candidatar também. Isso para Lula não era bom, pois Ciro poderia levar com ele parte dos aliados, os da esquerda, o que viria enfraquecer o nome de Dilma. Lula propôs, então, que Ciro saísse candidato ao governo paulista. Ciro rejeitou. Lula se irritou. Chamou Ciro para uma conversa, muito particular, e o resultado foi a desistência de Ciro de tudo. Lá se sabe o que ambos acertaram? Notadamente foi algo lucrativo para as ambições de Ciro, que gosta de levar vantagem em tudo, pois assim é talhado ele e sua família, no Ceará.

Com Ciro fora, Lula intensificou a campanha em torno de Dilma e só se deu por satisfeito quando ele, a tiracolo, passou a levar Dilma em todos os atos públicos. Choveram processos de que ele estaria utilizando a máquina pessoalmente em favor de Dilma, que nas pesquisas já encostava e mais para frente ultrapassaria Serra.

Percebendo que sua estratégia deu certo, Lula passou a descartar, sensivelmente, Marina e o PV. A coisa foi piorando. Até que nas vésperas das eleições, pesquisas apontavam que Dilma ganharia folgadamente as eleições já no primeiro turno.

Aparentemente traída, Marina foi para o revide, se saindo muito bem nos debates, superando a própria Dilma. Com isso, ela foi ganhando pontos nas pesquisas, chegando a preocupar Serra. Menos Lula, que já contava com o já ganhou.

Resultado final, os votos que Lula almejava foram descarregados em Marina, com 19.636.059. Agora que Dilma e Serra disputam o segundo turno terão que se engalfinhar para ter os votos de Marina. Está nas mãos dela, em tese, o futuro do próximo presidente do Brasil. Com isso, o feitiço virou contra o feiticeiro. Lula, que ajeitou a candidatura das duas mulheres, terá agora que depender justamente daquela que ele plantou e descartou no meio do caminho.

Com a palavra, Marina Silva e dos 43.243.278, sendo 19.636.059 dos votos dela, mais 24.607.219 das abstenções, assim como os 3.479.260 de brancos e os 6.123.862 de nulos. Serão 135.804.433 de brasileiros que escolherão entre Dilma e Serra para governante. Começa mais uma nova fase da política eleitoral brasileira.

domingo, outubro 03, 2010

Agora é o povo quem decide nas urnas o futuro do Vale do Ribeira

Após quase sessenta dias de campanha eleitoral, quando os candidatos de uma forma ou outra procuraram passar suas propostas, cabe ao eleitorado brasileiro, com ênfase ao Vale do Ribeira, escolher os nomes para presidente da República, ao Senado, à Câmara dos Deputados e às assembléias legislativas estaduais.

Torcemos para que o eleitor tenha tido todas as oportunidades necessárias para votar em nomes que realmente estejam comprometidos com programas sérios e arrojados para o desenvolvimento do país, principalmente em regiões de bolsão de pobreza como é vista a nossa região. Não se iludam os eleitores que os candidatos possam fazer milagres. Não há milagres na política, na economia, enfim nas coisas públicas. Riqueza só é gerada com algo realmente sustentável. Pensando assim, o Vale do Ribeira tem muita riqueza. O que precisamos é de atitudes, de candidatos voltados aos compromissos que anseiam toda a população.

Não basta que deputados anunciem o envio de recursos, via emendas, sem antes saber se as administrações estão aptas a receberem tais recursos. É importante criar uma mecânica em que os municípios possam receber recursos mesmo estando negativados. Uma sugestão para isso, seria a criação de um conselho municipal de desenvolvimento para gerir os recursos que as prefeituras negativas não podem tocar.

Certamente que este conselho deveria ser formado por representantes de diversos segmentos da sociedade local sem a interferência direta do Executivo e sob a fiscalização intensa do Legislativo. Municípios, como Pariquera-Açu ou mesmo Iguape, não podem ficar fora da trilha do desenvolvimento de recursos federais e estaduais em detrimento da incompetência e corrupção de seus agentes administradores.

O eleitor não deve apenas ter a obrigação de votar, mesmo porque numa democracia o ato de votar é um ato de consciência e despertar social e não de obrigação. É uma ação livre. Também não deve votar influenciado, pressionado ou por dever e simpatia. Deve votar de forma livre, sabendo que seu voto terá significado importante na transformação do país, do estado e do município.

O eleitor não deve se deixar levar pelas promessas mirabolantes dos candidatos. Deve votar em pessoas afinadas unicamente no propósito de transformar e potencializar os anseios sociais não só para alguns, mas para todos, indistintamente.Também não se esqueçam que votar bem agora refletirá em saldo positivo às eleições de 2012, quando elegeremos prefeitos e vereadores. São duas eleições em que os anseios devem se coincidir para o bom de todos. Vote com consciência eleitor para depois não se arrepender, amargamente.

A retomada do blog

Hoje, 3 de outubro, é dia de eleições no Brasil. Ao som de muito reggae, retomo as atividades deste blog. Neste tempo estive envolvido em meus projetos e problemas pessoais. Ao mesmo tempo, repensando este país de meu deus. Tristes devaneios meus.

Não estou com a boa vontade de sair de casa e votar nos candidatos que aí estão, mesmo porque estou fora do meu domicílio eleitoral. Além do mais está um dia Chuvoso. Acho que vou me abster, me tornar um antibrasileiro, como o sistema nomeia quem não participa dos pleitos, como obrigação, dever cívivo. Prefiro pagar a multa, creio que seja menos de R$ 10. Na eleição passada paguei menos de R$ 5.

Na verdade, não encontro um nome decente para governar este país, assim como o estado em que vivo, onde nasci. Para governar São Paulo, não encontro uma opção. Apesar de acreditar, e muito, no socialismo como a única sistematização para dar justiça ao mundo em que vivemos, poderia votar, pasmen!, em Paulo Skaf, presidente da Fiesp, maior grupo do sistema capitalista do Brasil. Mas, equivocadamente, ele é candidato de um partido que se diz socialista, o PSB. Que contradição! Na verdade, o PSB, pós-Miguel Arraes, há muito deixou de ser um partido, realmente, socialista. Por isso, apóia um mega empresário. Trata-se de uma questão de semântica, pra não dizer quântica ou aritmética, e muito menos de socialismo.

No entanto, apesar das minhas convicções socialistas, apoiaria Paulo Skaf porque ele ainda não tem, aparentemente, os mesmos vícios dos politiqueiros que aí estão. Além do mais, São Paulo, o estado mais rico do país, necessita de um governante realmente com dotes de empresário. Há muito São Paulo deixou de ser carro-chefe da economia brasileira com profissionalismo. Saudades dos bons tempos em que tínhamos governantes com visão empresarial.

Roubos? Corrupção? Sim houve casos aqui e ali. Mas, o PSDB e o PT também não aprenderam a roubar? Aliás, em relação aos governantes do passado, eles, tucanistas e petistas, se tornaram mestres na roubalheira dos cofres públicos. A diferença é que antes se roubavam silenciosamente e os governantes eram impostos. Hoje, são eleitos e roubam na cara dura. Roubar é uma palavra ínfima para o que eles praticam. Eles saqueiam em nome da democracia.

O povo? A mídia? Estes adoram esta situação de dependência e de serem enganados para tirarem proveitos adiantes. Xingam, reclamam, protestam. Mas, no fim tudo se ajeita. O povo protesta para ter a miserável Bolsa Família. A imprensa, para conseguir vultuosos financiamentos a perder de vista e, se possível, abiscoitar um pedaço da fatia. Ao estilo judaico. Não é a toa que os maiores meios de comunicação do Brasil estão nas mãos de família judias.

Antes que protestem, adianto, que não faço apologia ao racismo, mesmo porque já sou vítima dele, por ter nascido de sangue negro e indígena, mesmo também tendo também sangue, judeu, árabe, francês e italiano, dos meus antepassado.

Para o Senado não há um nome que seja digno de ostentar tal importância. Para a Câmara dos Deputado, a maior ratoeira deste país, também idem. Assim, como à Assembléia paulista.

Já para presidente da República, apenas Plínio de Arruda Sampaio é digno de assumir o maior cargo público deste país. Mas, não deve ganhar, pois não aparece entre os três primeiros das malditas pesquisas, além do mais é honesto, íntegro, ético, culto e tem muita visão. O povo brasileiro, como em toda sua história, detesta gente honesta nos cargos públicos, pois sabe muito bem que não terá chance de barganhar, esmolar, mendigar, etc.

quinta-feira, setembro 30, 2010

Candidatos do Vale gastam R$ 16,5 milhões para chegar na Assembléia

O Vale do Ribeira tem cinco candidatos a uma possível vaga a deputado estadual. Juntos declararam ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que devem gastar até R$ 16,5 milhões para tentar representar a região na Assembléia Legislativa. Atualmente o ex-prefeito de Registro Samuel Moreira (PSDB) é quem, em tese, representa o Vale do Ribeira. Justamente ele, igualmente aos candidatos Luis Henrique Arantes (PSL) e Quinco Soares (PMDB), quem apresenta valor baixo de campanha, apenas R$ 2,5 milhões.

O jovem empresário Rodrigo Mendes (PTB), de Pariquera-Açu, que recebe o apoio integral do deputado federal Nelson Marquezeli (PSB), registrou a intenção de gastar R$ 4 milhões. Já o médico Franklin Cangussu (PSB), que tem campanha ancorada pelo deputado federal Márcio França (PSB), é quem investindo mais: R$ 5 milhões.

Das declarações de bens, o campeão de fortunas é Samuel Moreira, com R$ 703.618,00. Logo atrás vem Franklin, com 313.886,47. Na seqüência, Quinco Soares possui R$ 103.147,47. Já Rodrigo Mendes, apesar de empresário bem sucedido, diz que tem apenas R$ 59.560,00. Sem nada, foi o que declarou Luis Henrique, mesmo se dizendo professor de curso superior.

Dentre os bens de maior valor declarado por Cangussu consta a construção de prédio comercial em Iguape: R$ 137.600,00. Samuel, por sua vez, tem investido R$ 356.040,00 de aplicação em CDB, no Banco do Brasil. No caso de Rodrigo, o maior patrimônio são quotas de participação da Mendex Networks Telecomunicações Ltda, no valor de R$ 59.400,00. Já o ex-prefeito de Juquiá, Quinco Soares, tem como maior patrimônio um apartamento na avenida Presidente Wilson, no valor de R$ 40 mil. Luis Henrique, como declarara, diz não ter nenhum investimento, nem mesmo pessoal.

ORIGENS

Da origem de nascimento, teremos dois mineiros brigando. Samuel, para quem acha que é valerribeirano, para não dizer miracatuense ou registrense, está redondamente enganado. Ele nasceu em Governador Valadares, localizada numa região densamente produtiva, na divisa com o estado do Espírito Santo. O médico Cangussu é natural de Monte Claros, próximo do Vale do Jequinhonha, considerada a região mais pobre do país. O gaúcho Luis Henrique é nascido em Porto Alegre. Os únicos paulistas na disputa, Rodrigo, nasceu em Pariquera-Açu, enquanto que Quinco não nasceu em Juquiá, mas em Santos. Diante disso, Rodrigo, na verdade, é o mais nativo candidato da região. Ele, junto com Luis Henrique, são os únicos candidatos solteirões.

O que há de comum entre Cangussu e Luis Henrique nestas eleições é que ambos atualmente residem em Iguape. Cangussu é diretor-proprietário de uma clínica oftalmológica na cidade, enquanto que Luis Henrique administra uma pousada, no bairro de Icapara, cujo dono é o pai. Na comparação entre Samuel e Rodrigo há uma enorme distância. Enquanto Samuel, engenheiro, empresário, prefeito de Registro e atual deputado, Rodrigo nunca venceu uma eleição, apesar da experiência de ter disputado a de 2008, quando saiu candidato a vereador em Pariquera-Açu. Já Quinco, empresário do ramos de engenharia e concretagem, é figura conhecida da política regional tendo sido prefeito de Juquiá.

quarta-feira, setembro 29, 2010

Candidatos paraquedistas investem pesado pelos votos do Vale

Nunca na história do Vale do Ribeira registrou-se a presença de inúmeros candidatos como nas atuais eleições. Até o comediante Tiririca está em busca dos votos dos mais de 500 mil eleitores dos 26 municípios da região. Todos eles se mostram dispostos a conquistar o eleitorado com todos os meios possíveis de convencimento. Para isso, devem gastar em torno de R$ 20 milhões entre contratação de pessoas, material de propaganda, locações de veículos e sedes de campanhas, divulgação nos meios de comunicação e outros serviços. É muito mais do que os candidatos locais pretendem desembolsar.

Entre os candidatos a deputado estadual, o que está investimento maciçamente em material de propaganda e contratação de cabos eleitorais é o ex-prefeito de Cotia, Quinzinho Pedroso (PDT), mesmo tendo declarado ser dono apenas de uma moto Honda 2001 e de um Gol 2005, num valor total de R$ 38,030 mil. No entanto, informações dão conta que ele está podendo desenvolver esta mega-campanha graças as doações que vem recebendo. Por causa disso e de outras acusações, Quinzinho disputa o pleito sob recursos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que já havia cassado sua candidatura.

A campanha dele não começou recentemente. Há pelo menos um ano, ele já vinha montando e ampliando suas áreas de ações, procurando conquistar, primeiramente, vereadores (mesmo de outros partidos) e depois lideranças empresariais e sociais dos municípios da região. De acordo com informações, ele está investindo em torno de R$ 4 milhões (fora os quase R$ 2 milhões que já gastou anteriormente) para conseguir em torno de três mil votos, no mínimo.
Outro paraquedista que também está jogando tudo na região e tenta a reeleição é Jorge Caruso (PMDB). Só em Pariquera-Açu, ele contratou mais de trinta pessoas para trabalharem seu nome. Fora os investimentos em veículos, material de propaganda e divulgação na mídia regional. Caruso espera ser retribuído com dois mil votos para serem somados aos da Zona Sul da capital paulista, sua localidade de origem. Para Clóvis dos Santos, ex-vice-prefeito, vereador e atual diretor municipal de Pariquera-Açu, Caruso não é paraquedista. Não é o que pensam as demais lideranças políticas da região.

Procurador da Justiça, Fernando Capez (PSDB), utilizando-se da fama de ter sido o responsável pela extinção das torcidas uniformizadas nos estádio de futebol, também briga por uns punhados de votos da região. A distribuição de seu material de campanha tem sido bem forte, sendo notado, principalmente, nas áreas centrais das cidades.
Milton Leite, filho do pai vereador paulistano de mesmo nome, está fazendo uma campanha bem aquém das eleições de 2006, quando foi tido como o maior investidor do pleito mais milionário da história do Vale. Talvez, por já está familiarizado com a política local, Leite está mais econômico e traz a tiracolo, a deputado federal, outro parente, Alexandre Leite. Mesmo assim, ele está investindo forte para se manter por mais um período na Assembléia Legislativa. Ao todo estima-se que em torno de quinhentos candidatos pleiteiam os votos do Vale do Ribeira.
Dos candidatos federais paraquedistas, há diversos nomes na busca de votos. Mas todos eles trabalham na cola e carona de candidatos estaduais. É o caso de Nelson Marquezelli (PTB). Fiel ao seu partido, ele procura trabalhar com jovens candidatos da sigla, principalmente se ele tiver ligações com os movimentos evangélicos, preferencialmente dos adventistas, onde goza de grande conceito.

terça-feira, setembro 28, 2010

Apenas promessas, são as propostas dos candidatos veranistas

Eles não são da região, mas quando são chamados procuram ser o mais gentil possível com o eleitorado daqui. São os casos de Telma de Souza, Maria Lúcia Prandi, Arnaldo Jardim, Fausto Figueira, Arnaldo Faria de Sá, Arnaldo Madeira, Beto Mansur, Campos Machado, Paulo Maluf, Waldemar Costa Neto e outros. Todos eles têm um interesse em comum pelo Vale do Ribeira: o voto do povo daqui. Por esta razão, procuram não se descuidar e estão sempre atentos às necessidades do povo.

Atualmente, de todos eles, quem mais tem sido atuante e presença marcante nas lutas e conquistas sociais é a deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT), que nestas eleições concorre a uma vaga na Câmara Federal. Demonstrando muita simpatia pela região, ela diz que, se eleita, o Vale do Ribeira, terá sua voz duplicada na Câmara dos Deputados: a dela e a do deputado Márcio França, caso ele se reeleja.

A ex-prefeita e atual vereadora de Santos, Telma de Souza (PT) já foi por vários anos campeã de votos no Vale do Ribeira. Ela foi uma das pioneiras pelas causas da região nos anos 80. Quando se imaginava que ela fosse ter todo o respaldo do governo Lula, eis que Telma sumiu do cenário, não conseguindo a reeleição e perdendo o prestígio no próprio partido. Desapontada com os rumos tomados pelo partido, Telma ressurgiu das cinzas ao se eleger vereadora e agora, revigorada, tenta conseguir uma vaga na Assembléia Legislativa.

Da escola malufista, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB) há várias eleições tem conseguido manter seus ‘votinhos milagrosos’, que somados aos da Baixada Santista e Grande São Paulo tem se mantido no cenário da política nacional. Outro da linha malufista, Campos Machado (PTB) ainda nutre o sonho de ainda ser candidato a governador. Enquanto isso não acontece, ele tenta mais uma reeleição a deputado estadual com a ajuda, de muitos anos, do eleitorado da região.

Arnaldo Jardim, atual deputado pelo PPS, sempre se qualificou de centro esquerda, mas adora ‘namorar’ o poder. Com isso, ele tem conseguido arrastar a um bom tempo os votos do Vale, graças amizade com o atual governador Alberto Goldman, que também sempre teve votos dos municípios locais.

O deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB) aprendeu a ter votos no Vale, graças à parceria com o deputado estadual Samuel Moreira (PSDB), desde os tempos em que este foi prefeito por duas vezes de Registro. Ele espera repetir a dose.

O ex-prefeito de Santos, Beto Mansur (PP), que nas eleições de 2006 tomou o lugar de Telma de Souza na Câmara Federal, é mais um que aprendeu que os votos do Vale são fundamentais para serem somados aos de Santos, Baixada Santista e Litoral Norte. O também deputado Fausto Figueira (PT) tem sido figura conhecida do eleitorado regional. Ele montou sua base de ações políticas e sociais, e espera ser recompensado pelos empenhos dos últimos anos.

Há os candidatos cara de pau, como Waldemar Costa Neto (PL), que mesmo depois de ter renunciado ao cargo e se envolver em esquemas de corrupção, aparecem para pedir votos, sem qualquer pudor ou remorso. Assim também ocorre com o decano da política, Paulo Maluf (PP), que ainda mantém grande número de simpatizantes. Aliás, ele ainda é o campeão de votos na região.

Estima-se que 300 candidatos a deputado federal estejam circulando pela região em busca dos votos do eleitorado local. Os investimentos deles são feitos conforme amarrações que fazem com os candidatos a estadual.