quinta-feira, maio 09, 2013

EM BUSCA DO ENGODO

Por vaidade pessoal e ambição política, vice-governador Guilherme Afif Domingos abandona o povo paulista para cair em engodo lulista

ATÉ DIAS atrás, Tinha-se uma impressão relativamente boa do empresário Guilherme Afif Domingos. Acompanhei algumas trajetórias de sua vida política desde quando era presidente da Associação Comercial de São Paulo.

ELE é oriundo da escola de Paulo Maluf. Aliás, aprendeu com este sobre a arte de se fazer política. Quando Maluf entrou em declínio, Afif se afastou deste para não ficar com a imagem arranhada, o que fez muito bem. No entanto, não tinha como esconder sua ligação malufista. Assim como a presidente Dilma não tem como esconder seu passado de guerrilheira.

CHE GUEVARA, quando assumiu o poder de Cuba com Fidel Castro não agüentou viver com o tédio da burocracia. Largou tudo e foi ser guerrilheiro. Esta é uma das atitudes que admirei no Che. Mesmo sendo médico, rico e asmático, preferiu ser guerrilheiro. Foi autentico no que fazia e morreu por isso, acreditando que podia libertar a América do Sul da opressão capitalista.

VOLTEMOS ao Afif. Pois bem, tinha-se uma boa impressão dele, mesmo sendo um homem rico. Não há dúvidas de que ele é responsável direto pelo desenvolvimento e expansão dos pequenos e médios negócios no Brasil.

SÓ por isso, ele já merecia ter sido prefeito, governador e presidente da República, pois é um bom entendedor de economia e hábil na área do empreendedorismo.

CONTUDO, Afif pisou na bola, demonstrando que não é um político coerente, mas oportunista, como qualquer outro comum da triste realidade política brasileira. Enfim, a máscara caiu.

ELE foi convidado para assumir, hoje, o 39º ministério criado por Dilma Rousseff, o de Micro e Pequena Empresa, sem abrir mão de ser vice-governador do Estado de São Paulo. Ou seja, Afif pula para o lado do governo federal, mas com um pé no governo estadual.

POR MAIS democracia que possa haver nesta sua postura não há sentido coerente de se manter em cima do muro, participando de dois governos completamente antagônicos.

EM ENTREVISTA para o jornal Brasil Econômico, Afif disse que acumulará as duas funções e não pensa em renunciar a função de vice-governador. “Fui eleito. Tive voto. Estou honrando meu mandato e trabalhando por São Paulo e pelo Brasil em um campo que o eleitor me conhece”, disse.

NA TEORIA parece lindo e exemplar o que Afif disse. No entanto, pensando pelo lado da ética e da necessidade de se moralizar o país, ele não está honrando o compromisso pelo qual foi justamente eleito com o atual governador Geraldo Alckmim.

POR SUA ambição de fazer história política, Afif tem até o direito de assumir o ministério, mas tem que renunciar ao posto pelo qual foi eleito. O que não pode é ficar em cima do muro e ocupar um ministério pelo qual será manipulado pelo PT.

AFIF entende tudo de negócios econômicos, mas de condução política se mostra néscio ao achar que poderá fazer seus projetos funcionarem no governo lulista.

MUITO pelo contrário, sua escolha foi feita para desestabilizar a política paulista, já que se aproxima mais uma eleição, com o PT louco e babando para abocanhar a governança do estado mais rico do país.

AFIF deveria rever esta situação e ficar ao lado dos paulistas pelo qual foi eleito. Há mais para se fazer em favor dos paulistas onde está do que correr atrás de sua vaidade e se comprometer com um governo que está detonando o país.

BRASIL - O PARAÍSO DOS FUGITIVOS

O Brasil, em pleno século 21, ainda vive em plena colonização. Após a longa dominação portuguesa e da ocupação das boas terras por italianos, alemães e japoneses, o país passa a ser paraíso para os foragidos nigerianos e haitianos, e de chineses também, que chegam cada vez mais em contêineres. Por outro lado, aqui abrigaram e continuam se abrigando ladrões e assassinos em fuga, como o inglês Ronald Biggs e o italiano Cesare Battisti, ambos sob a proteção governamental. Mas, há os foragidos ilustres, como o casal Vincent Cassel e Mônica Bellucci, que deixaram o glamour francês para viver com simplicidade no Rio de Janeiro. Enquanto isso, os verdadeiros brasileiros, índios e nordestinos, assim como os negros, não tem como fugir das invasões de suas terras e da seca infernal.

O BRASIL é um paraíso para estrangeiro que fogem de qualquer coisa de seus países de origens. Menos para o brasileiro sem dinheiro que jamais será bem recebido em terras estranhas, a não ser que seja por algo muito útil: mão de obra barata, futebol ou prostituição.

DESDE criança até os dias atuais, assisti certos filmes que mostram a América do Sul, tendo o Brasil em evidência maior, como rota de fugas dos foras da lei para aqui se esconderem.

ALIAS, o Brasil foi formado por foragidos, com os portugueses enviando para cá degredados e o que havia de pior nas paragens lusitanas. Vieram para cá ladrões, traidores do reino, cafetões, assassinos, prostitutas, tudo o que era imprestável. Vieram com a missão de povoar a nova e imensa terra, e conviver forçadamente entre os nativos. Depois vieram os negros.

ENFIM, chegamos a este século como um país sem uma cultura única, mas de várias culturas e línguas. Com isso não conseguimos forma uma nação, como fizeram os espanhóis com as terras das cordilheiras dos Andes.

SE bem que tivemos a oportunidade de sermos colonizados por holandeses e franceses. Infelizmente isto não aconteceu, ficamos sob a guarda dos portugueses.

MAS, o pior é que, além de não termos uma identificação de um povo, de uma raça, mais gente está chegando fugindo de seus governantes atrozes, dos fiscos, perseguição religiosa, dos crimes cometidos e assim por diante.

LEMBREMOS muito bem de Ronald Biggs, o famoso ladrão inglês que assaltou o trem pagador britânico e conseguiu chegar até aqui com boa parte da grana roubada. O governo inglês insistiu longos anos por sua extradição, a qual foi negada pelo Itamaraty e Justiça brasileira.

NOS anos em que aqui viveu, em meio ao clima carioca, Biggs acabou ficando pobre, pois muita gente se beneficiou do dinheiro sujo dele, roubando-o em troca de sua permanência. Teve muita gente boa do colarinho branco e personalidades do Jet-Set que abocanharam alguns quinhões da grana roubada de Biggs. Quem teve certa aproximação com ele foi o famoso colunista Ibrahim Sued, que fazia a ponte para o mundo dos flashes de Copacabana, Ipanema e outros points da gente rica do Rio.

O GOZADO é que não se sabe exatamente como Biggs conseguiu guardar o dinheiro nas três décadas que aqui viveu. No banco não foi possível, pois era dinheiro roubado. Na favela, onde ele gostava de freqüentar, foi impossível, pois igualmente seria roubado. Dizem as más línguas que um fidalgo casal carioca se deu ao luxo de guardar o dinheiro em cofre de uma das mansões. Quanta gentileza.

A BEM DA VERDADE é que só poderemos saber algo pelo próprio Biggs. É que ele, depois de anos em terra tupiniquim, já idoso e paupérrimo, resolveu se entregar à Scotland Yards, a charmosa polícia inglesa. Antes, porém, vendeu direitos de sua história, roubo e vida no Brasil ao jornal The Sun para um livro que já saiu em Londres. A publicação, quando circular pelo Brasil, deverá fazer muitos túmulos de gente importante do Brasil se abrir, se isso for possível. Ele promete contar tim-tim por tim-tim. Até um filme já está sendo projetado tendo este livro como roteiro.

MAS não foi só Biggs que fugiu para o Brasil. Há muito mais gente. Os japoneses, fugindo da guerra, chegaram aos montes e se esconderam nas terras que o famigerado Incra distribuiu a qualquer estrangeiro que viesse para cá lidar com as terras, menos os brasileiros legítimos.

DE FATO, o governo brasileiro sempre viu o povo brasileiro como vagabundo. Anos atrás, quando ainda era presidente do país, Fernando Henrique Cardoso quase foi linchada por dizer o que não queria dizer (dizendo-se que foi mal entendido) ao afirmar sem querer querendo que os aposentados eram ‘vagabundos’. Por causa desta frase impensada perdeu para Lula e vem perdendo três eleições para o PT.

PIOR que FHC foi atribuído a Getúlio Vargas que, cercado por uma milícia intransponível, que o brasileiro era um matuto não chegado ao trabalho e que não estava preparado para a riqueza.

POR ISSO, ele mandou o Incra abrir a porteira para muitos estrangeiros explorarem as terras brasileiras. Alemães e italianos, assim como os japoneses, fugindo da guerra contra Hitler, ficaram com as terras mais produtivas do país: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e parte do interior paulista.

AS TERRAS ficaram para eles, mas a mão de obra escrava, forçada e barata ficou para os brasileiros oriundos dos índios e negros, os vagabundos de Getúlio.

HÁ uma lista enorme para citar casos e nomes de foragidos abrigados pelos governantes do Brasil. Vamos ater aos fatos mais recentes, como o do italiano Cesare Battisti que, protegido por Lula, Dilma e seus apaniguados, é fugitivo da justiça italiana, acusado de assassinatos. Mas no Brasil é cidadão brasileiro e vive à custa do próprio governo e do pessoal da esquerda. Virou até escritor. Enquanto isso, o verdadeiro brasileiro padece para sobreviver o dia-a-dia da sua vida.

RESSALTA-SE, como exemplo, o caso da mulher que ocupa a presidência da República. Dilma chegou ao Brasil ainda na barriga da mãe, com o pai búlgaro fugindo das autoridades daquele país europeu dos Bálcãs. Conseguiu asilo e por aqui ficou.

OUTRO caso mais recente ainda é o do ator francês Vincent Cassel. Ele, em entrevista franca e direta para o site IG, disse que está no Brasil para fugir das mãos poderosas do atual governo francês que deseja confiscar parte da riqueza conquistada ao longo de sua vida, a exemplo do que aconteceu com o também compatriota Gerard Depardieu, que preferiu se exilar na Bélgica. “O momento lá é difícil por causa da crise e deste governo perdido, que diz ser de esquerda. Mas isso não existe. Chamamos até de esquerda caviar (risos). Fugi do astral da França, que está ruim e negativo”, disse ele durante a entrevista.

BON vivant, bonachão, cara de malandro, boa papo e com 49 anos ainda em forma, Cassel escolheu o Brasil para fugir do fisco francês. E neste quesito ele pode estar se dando bem, desde que não se atreva a depositar seu rico dinheiro em bancos brasileiros.

TENDO a semelhança da cara do bom malandro brasileiro, Cassel, com esta característica, está se dando muito bem entre os cariocas. Ou seriam fluminenses?

CONTUDO, Cassel, ao lado da esposa e também atriz italiana Mônica Bellucci, não vive o glamour da bela França, onde se respira ainda, teoricamente, o ar da belle époque.

AQUI no Brasil, a observar pelas imagens dos paparazzis, o casal vive um ritmo bem carioca. Ele bom freqüentador dos bares cariocas e se dando bem com as mocinhas, enquanto ela se torna uma boa comilona, engordando como é tradicional na mulher italiana. Perdendo, com isso, a beleza fotogênica que a notabilizou como uma das mais belas mulheres do mundo.

É de se imaginar a razão de se trocar a beleza magistral de uma França romântica e genial por um Brasil cuja paisagem, como a do Rio, se perde a um emaranhado de montanhas de barracos? O que há de belo nisso?

TAMBÉM, como brasileiro, não se entende muito bem porque personalidades internacionais são levadas para verem a favela carioca como roteiro principal de suas visitas? Porque no Brasil o feio é atrativo, enquanto o belo é desprezado? Apesar dos pesares, Cassel, em sua fuga, é bem vindo e que evite ser roubado ou seqüestrado com sua família.

MAS o que dizer da chegada, por contêineres  de centenas de nigerianos e haitianos que o governo da presidente búlgara resolveu adotar? E cada vez mais chegam africanos, chineses, coreanos e povos que fogem das tristes realidades de seus países.

Como receber estas pessoas num momento em que o brasileiro poderia estar, em tese, se aproveitando dos muitos eventos que acontecem no país: Copa do Mundo e Olimpíadas?

COMO adequar estas pessoas foragidas a uma economia que não tem garantia alguma de estabilidade? E quando passar a bonança?

ANDANDO pelas ruas centrais de São Paulo deparamos com um bando de nigerianos e haitianos andando de lá para cá tentando sobreviver entre os milhões de nordestinos e pobres brasileiros.

UMA vantagem eles estão tendo: recebem ajuda de custo do governo brasileiro e dos organismos internacionais. E o brasileiro pobre, recebe o quê?

PARA finalizar, não poderia deixar de mencionar o fugitivo mais expoente da história do Brasil: Dom João VI, rei de Portugal que, graças a Napoleão Bonaparte e a Inglaterra, por aqui instalou a corte lusa.

POR meio deste acontecimento histórico, o Brasil conseguiu alcançar o início de sua civilização. Se não fosse por isso, o país poderia estar hoje na mesma situação de Angola, Moçambique, Macau ou Guiné.

ESTE foi o único fugitivo que trouxe luz ao Brasil.