terça-feira, fevereiro 26, 2013

O BRASIL E A TRANSIÇÃO

Como sempre o Brasil vive em constante transição. Ouço falar nisso, desde os finais dos anos setenta. Dizia-se naquela época que os militares iriam entregar o poder do país ao destino da política civil. O MDB, hoje PMDB, se dizia pronto para assumir a administração do Brasil.

Havia no partido poucos nomes confiáveis, os quais representavam toda a esquerda brasileira: Franco Montoro, Teotônio Vilela, Tancredo Neves, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Carlos Prestes, etc. 

Enfim, não eram lá nomes capazes de dar uma nova dinâmica ao país ou assumir o que os militares já vinham fazendo, até certo modo, bem.

No entanto, o país tinha duas situações agravantes: a maldita da corrupção e a inflação galopante.

Os militares, apesar de terem bons ministros econômicos, estavam se agonizando diante da eminente expansão inflacionária que assolava os países do Terceiro Mundo, do qual o Brasil fazia parte.

Terceiro Mundo? Sim, naqueles tempos o Mundo estava dividido em três blocos econômicos. Os países ricos pertenciam ao bloco Capitalista. Já os em avanço progressista eram da ala comunista. E os demais, como o Brasil, eram os terceiromunditas.

Creio que nada mudou de lá para cá, apenas as denominações. Hoje, há o bloco dos sete países mais ricos e a ala intermerdiária. E os periféricos, do qual o Brasil faz parte. Os experts prefererem chamar de países emergentes.

No entanto, um fato chama a atenção. Os paises mais ricos estão em desgraças. A França, dos sete mais ricos, é que procura se manter em evidência. Um pouco atrás, mas timidamente, a Alemanhã.

O Brasil, por ser um país imenso, a exemplo da China, tenta abocanhar um espaço na economia mundial. No entanto, ao contrário dos militares, não temos um governo que pense. Não temos um governo eficientemente estratégico.

Os nossos governantes, nos últimos dez anos, se aproveitaram mais da fragilidade das economias dos países ricos para implantar uma estratégia de politicadela. Ou seja, aproveitam-se das reservas para sustentar uma população faminta e desejosa de consumo.

Como assim? Simples: corremos ao FMI e pedimos emprestado para sustentar um bando de famílias com bolsas disso e daquilo. No entanto, os recursos das riquezas estão sendo entregues aos estrangeiros. O que tem empresas e técnicos estranegeiros trabalhando com recursos da Caixa, do BB, do BNDS.

Todas estas instituições financeiras liberam nossas riquezas para os gringos e eles estão chegando aos montes para trabalharem e investirem no país. Quer um exemplo? O Pré-Sal.

O que tem de gente estrangeira trabalhando nas plataformas e nos continentes petroquímicos não é brincadeira. E os brasileiros? Infelizmente, o governo alega que os brasileiros não tem formação tecnológica.

Outros exemplos? Os campos de futebol para a Copa, as praças esportivas do Rio para as Olimpíadas, as estradas, os aeroportos, portos, hotéis, etc.

Todos os políticos, a exemplo dos anos setenta, afirmam que isso acontece pelo fato do Brasil estar numa fase de transição.

Quando os países ricos se recuperarem economicamente como ficará o Brasil no contexto mundial? Será uma nova transição?

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