terça-feira, outubro 19, 2010

Delegado da pasta preta

Espera-se do delegado Protógenes o mínimo
de ética na defesa da coisa pública

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, eleito recentemente deputado federal pelo PCdoB, é visto nos debates presidenciais com uma pasta preta contendo documentos que procuram difamar o candidato José Serra e o próprio PSDB. No próximo dia 29, no ultimo debate eleitoral, pela TV Globo, ele promete detonar os tucanistas com uma bombástica revelação. Não tenho nada com isso e não nutro nenhuma simpatia por ambas as partes.

No entanto, o que me chama a atenção é o desespero estampado no delegado que utiliza de informações que interessam ao povo brasileiro, e apenas ao brasileiro, e as usa, para não dizer chantageia, para interesses de fins políticos, ou seja, eleitorais mesmo.

Se ele pretende ser deputado desta maneira, que me desculpem seus eleitores, mas não servirá para ser um bom parlamentar. Antes de propostas e ideais políticos, sejam pessoais ou de partidos, o parlamentar foi eleito para representar os interesses dos eleitores, principalmente dos seus, que depositaram suas confianças nele.

Se nem bem foi eleito e ainda não tomou posse, o prezado delegado deveria zelar pelo o que é de interesse público, ainda mais sendo ele um funcionário público federal. Se ele tem informações públicas que visam ‘detonar’ o adversário que o faça agora para o bem dele e do interesse público.

O Brasil não pode ficar a mercê de atitudes ‘terroristas’ como está se manifestando o camarada. Nem nos bons tempos em que se tentava fazer comunismo a coisa funcionava desse jeito.

Coisas públicas são de interesse público e não podem ficar a mercê de um funcionário público fazendo ameaças. Um parlamento se faz de homens sérios. Ainda acredito que o senhor Protógenes seja um homem sereníssimo e que vá fazer parte do parlamento como homem de qualidade e não apenas um denunciador, como está sendo noticiado que assim o fará nos próximos debates presidenciais.

Afinal de contas, nós brasileiros, temos o direito de saber das coisas públicas sem a chantagem de quem retém as informações de domínio absolutamente público.

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