terça-feira, outubro 19, 2010

Assassinatos no jornalismo brasileiro persistem no século 21

No Brasil dizer a verdade é pago com a morte.
E Lula ainda diz que o país vive o espetáculo do crescimento?
Qual crescimento? O dele, que só ele vê, dos seus lacaios petistas?
Em questão de dois dias duas pessoas ligadas ao setor de jornalismo foram impiedosamente assassinadas por simplesmente tentar exercer o direito de opinar sobre as maracutaias que emperram o desenvolvimento do Brasil em todos os sentidos. Dizer a verdade neste país ainda é proibido, como era o costume medieval.

Cadê a turma dos direitos humanos?. Onde está a Justiça? Por onde andam os promotores de Justiça? Estão todos acomodados confortavelmente em seus assentos e recebendo seus altos salários em dias, esperando por denuncias. Aliás, a Justiça brasileira só viver de denuncia. Não faz nada para agir se não for alguém ir até lá para denunciar, para ficar marcado.

Ao longo dos meus 33 anos de jornalismo, fui massacradamente perseguido por mostrar irregularidades nos diversos poderes constituídos deste país, principalmente em prefeituras e câmaras de vereadores. Que ganhei com isso? Se não tivesse tido esperteza para escapar dos muitos alçapões que armaram contra mim, com certeza, hoje seria mais um corpo depositado numa das valas de muitos cemitérios dos solos tupiniquins.

E os sindicatos dos jornalistas? E a Fenaj, a tal federação dos jornalistas? Para que servem? Apenas para lamentarem a morte de mais um colega? E o que dizer da ANJ, a associação nacional de jornais?

Enfim, a verdade é que o dono de jornal Wanderlei dos Reis, de 42 anos, e o radialista Francisco Gomes de Medeiros, 48, foram covardemente assassinados em suas residências.

O primeiro crime aconteceu dia 17, quando Wanderlei, proprietário do jornal Popular News, foi baleado na noite anterior por três homens armados no interior de sua casa, na região central do município de Ibitinga, no estado de São Paulo. Já Francisco Gomes de Medeiros, conhecido como F. Gomes, foi alvejado por tiros em frente sua casa, às 21h de ontem (18), no bairro Paraíba, em Caicó, a 304 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte.

De acordo com registro da Polícia Civil, F. Gomes se encontrava na calçada de sua residência, quando um homem, em uma moto, disparou vários tiros e fugiu. Ele foi levado às pressas ao Hospital de Regional de Seridó, mas não resistiu aos ferimentos. Ele trabalhava na rádio Caícó, era também repórter freelance do jornal Tribuna do Norte, e mantinha blog (página da Internet) em seu próprio nome. Conforme informações iniciais, ele havia postado, em setembro, denuncia de suspeita de troca de voto por crack, em Seridó, região densamente castigada pela seca nordestina. A notícia ganhou repercussão nacional, daí o motivo pela sua execução sumária.

Em Ibitinga, Wanderlei, com muito esforço e dedicação, tinha o propósito único de manter a população bem informada, por meio de edição, publicação e distribuição gratuita de exemplares de seu jornal, voltado basicamente para as questões políticas.

Por uma de suas opiniões ou notícias, antes da execução, foi mantido refém em sua própria casa, num dos quartos da residência, na tentativa de demonstrar que o crime seria por roubo. Um dos meliantes acertou-lhe um tiro que atingiu uma das pernas, com a bala acertando a artéria femoral. Wanderlei ainda foi socorrido, mas morreu ao dar entrada nos hospital local.

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