terça-feira, março 19, 2013

FARINHA DO MESMO SACO

Anos depois de suas dessavenças imorais, Collor e Lula se afagam como se nada tivesse acontecido na História do Brasil, como se tudo tivesse sido deletado. No fim, ambos, além de mancharem a rica história do Brasil, são farinha do mesmo saco
Ao me deparar com esta foto, que ilustra este artigo, volto ao passado, no início dos anos noventa. Fernando Collor de Mello é o novo presidente do Brasil. Vivíamos uma verdadeira fase de trânisção política e social, saindo de um terrível regime militar e entrando na onda da democracia.

Eu, na época petista trotskista, vinha da linha de Jacob Bittar, presidente do Sindicatos dos Trabalhadores em Petróleo, fundador do PT ao lado de Lula.

Como representava uma pequena massa de trabalhadores foi preterido e deixado de lado, com Lula se sobressaindo, pois era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, que agregava quase um milhão de trabalhadores sindicalizados e que a todo instante promoviam greves gigantescas por todo o país.

No entando, Bittar era o homens mais indicato para candidato a presidente, pois trazia em seu perfil propostas significativas de mudanças reais para o Brasil, inclusive na área social. Ele era mais autentico, pensava num todo e defendia realmente as massas. Jamais pensou em negociar com ditadores e com os remanescentes dos militares.

Para Jacob Bittar, o Brasil tinha que mudar por completo sem jamais negociar com os resquícios da política viciante do país, instalados desde a o período da Colonização. E que permanecem até hoje enfiados entre repartições públicas e nas corrupções que surgem a todo instante. São as verdadeiras sanguessucas do dinheiro brasileiro.

O que impediu Bittar de prosseguir com as reformas radicais necessárias foi a prisão de Lula. Não foi lá uma prisão dos porões da didatura. Mas, o fato ganhou proporções.

A partir daí começou a queda de braços. Bittar perdeu, porque os metalúrgicos, da época, foram mais acirrados que os petroleiros.

Muito bem, Lula foi candidato a presidente contra Collor. Estava indo muito bem até que se deparou com uma verdade que Collor revelou em pleno debate de TV: Lula era um adúltero, pois teve uma filha fora do casamento, fato pelo qual omitia.

Foi um duro golpe. A população brasileira não admitia um imoral comandando o Brasil. Collor, ao seu jeito alagoano de fazer política, foi eleito pela elite, apesar de ser a ovelha negra da família.


Sem saber onde enfiar a cara, Lula recuperou-se do golpe e passou a atacar Collor de todas as formas possíveis. Foi um dos mais ferrenhos adversários contra os colloristas. Perseguia Collor em tudo o que era possível, e no impossível, também.

Tratava-se de uma questão de honra, não de compromisso social com o pais. Até Collor pagar com a mesma moeda.

O PT e a Globo se uniram, por de trás dos panos, e descobriram que o desafeto também tinha tido um filho fora do casamento.

No momento da revelação, Collor estava em queda por que fazia um governo de arrogância, muito marketing e escandâlos de todos os níveis, apesar de ter dado uma enorme contribuição à imagem do Brasil lá fora, no exterior.

De fato, Collor, é duro dizer isso, colocou o Brasil na rota do desenvolvimento econômico, indutrial e tecnológico. Para isso, ele comprou uma enorme briga com as indústrias tupiniquins, principalmente as do setor de carros.

Comprou Também uma briga enorme com as Forças Armadas, com o Congresso e com o Poder Judiciário, para os quais não dava bola, governando o país sob medidas provisórias.

Por este comprometimento, Collor, de forma ilegal, foi destronado do poder e teve que se auto exilar na Flórida.

Pois bem, de lá para cá, alguns anos se passaram e vejo que há milagres na política brasileira com Collor e Lula trocando carinhosos afagos como se nada tivesse acontecido.

Ambos deveriam vir a público e pedir desculpas ao povo brasileiro e mostrarem arrependimento pelas ocorrências lamentáveis do passado. Mas...

Enfim, a conclusão que se chega é que a política brasileira é assim em todos os níveis, ocasiona a oportunidade de inimigos se tornarem amigos quando está em jogo a luta pela sobrevivência de seus interesses. Color e Lula representam hoje o engano dos enganos.

Uma pena que a sociedade brasileira não reage a este tipo de coisas. Se isso persistir, e o que deve ocorrer, teremos os mesmos tipos de personagens.
 
Vamos tocando em frente!

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