Francisco I está ganhando conceito popular em menos de uma semana de papado. A Igreja Católica, como lhe é peculiar, procura abafar o envolvimento de dom Bergóglio com o regime militar argentino |
Estive
observando as primeiras homilias do novo papa Francisco
I. Ele está caindo na graça dos católicos.
Com isso, a Igreja Católica já convoucou o seu staff de marqueteiros
para promover Mario Jorge Bergóglio como um homem plenamento santo e dócil,
procurando afugentar o seu passado, a exemplo do que fez a presidente búlgara Dilma
para esconder seus tempo de guerrilheira, assaltante de banco, etc. Assim como
também fazem Roberto Carlos, Xuxa, etc.
Contudo, a tática não está pegando ainda muito bem na
Argentina, terra natal do papa. O povo portenho está ainda dividido. Os que
sofreram os horrores da Ditadura sabem muito bem o que representou a aliança do
cardeal de Buenos dom Berglóglio com o ditador Videla: muitas mortes, muito
sofrimento, muita perseguição, desaparecimento de pessoas e doação de crianças
de mulheres presas às famílias abastadas colaboradoras do desolador regime
militar.
Mas, a Igreja Católica é especialista em esconder suas
histórias horrendas. Convive com elas, certamente, mas a abafa, a minimiza. É o
que está procurando fazer com o ‘carismático’ Francisco I.
Voltando às homilias, a que me chamou a atenção
foi a afirmação de que o Cristianismo que aí está, pregada não só pelo catolicismo,
mas pelos evangélicos também, não passa de assistencial social. “Se não confessarmos Jesus Cristo, seremos uma ONG
piedosa, mas não a Igreja”. Ele foi muito aplaudido entusisasticamente pelos
presentes.
Confesso que ele tem um certa dose de razão. De fato, nunca
se praticou, em toda a história humana, desde a fundação do Cristianismo, após
Jesus, às vontades do Filho de Deus.
Não se
pode afirmar que o que se fez até agora, em quase dois mil
anos, após os ensinamentos dos 12 apóstolos e mais Paulo, algo digno de prática
e conduta das vontades de Cristo. Não foi.
E não foi
mesmo. As igrejas de pedra dos Ortodoxos Gregos
(Orientais), do Catolicismo, do Protestantismo e Evangélicos não leveram a
efeito os ensinamentos fundamentais de Jesus Cristo: a construção de uma
igreja, verdadeiramente, espiritual.
Pelo
contrário, as igrejas de pedras enganaram, roubaram,
mataram, flagelaram os pobres, ficaram do lado do poder, se apoderaram das
terras, confiscaram castelos e mandaram à fogueira da ‘Santa Inquisição’
milhares de almas ao purgatório ou ao inferno.
A Palavra
de Deus não foi pregada verdadeiramente até hoje.
Ainda bem que Deus está tendo misericórdia de nossas almas e dando oportunidade
para que ‘homens santos’, enviados por ti, ensinem as pessoas a conhecerem as
vontades de Jesus Cristo.
Pode até
ser que no íntimo Francisco I, com suas deicaídas
franciscanas, pense assim. O difícil será ele transformar o que diz em prática,
como Jesus ensinou.
Há uma
distância em pensar e fazer às vontades do Deus Vivo.
Temos como exemplo o sumo sacerdote e os sacerdotes do Templo de Israel. Como
ritual faziam o que era determinado, mas como praticantes decepcionavam a Deus,
que se irritavam com seus zelos pelas coisas do Templo, mas impuro de coração.
Não basta a Francisco I dizer que a igreja de pedra age como
uma ONG. É necessário ir mais longe para colocar em prática ás vontades de
Deus.
É
necessário que ele, assim como todo o clero, se convertam,
verdadeiramente, em Jesus Cristo, confessando seus pecados diante do Filho de
Deus.
Entretanto, para assumir esta radicalidade e compromisso, com
Jesus, é preciso deixar de lado as práticas hipólcitas dos sumos sacerdotes da
Israel de outrora.
Falar de
Jesus é fácil. O difícil é se converter, ter vida nova,
assumir uma postura de justiça em tudo o que fala e pensa diante do que o Mundo
nos oferece. Estaria a Igreja Católica disposta a ir contra o Mundo que aí
está?
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