quarta-feira, março 06, 2013

MORRE O ÚLTIMO DOS CAUDILHOS?



Enfim, a agonia de Hugo Chavez chegou ao fim. No entanto, começam a agonia dos órfãos e dos seus asseclas. Por outro lado, a morte do caudilho dá ares de novas perspectivas aos que não se sentiam tão confortáveis com os modelos socializantes do chavismo.

Mais uma vez, a Venezuela se lança a um futuro incerto. Se o modelo de Chavez de acudir os mais necessitados teve alguns resultados sociais significantes, por outro lado trouxe uma completa ingerência no desenvolvimento econômico para todos em condições iguais.

Chavez, nestes anos todos, aplicou a velha política de Robin Hood. Ou seja, esvaziou os cofres da economia do país, rico em petróleo, para dar aos mais necessitados. O que não é errado.

Ocorre que ele cobriu um lado e descobriu outro. Esta política de justiça social não trouxe a estabilidade tão almejada a toda a população venezuelana.

Além disso, para se manter no poder, Chavez mudou a regra política e econômica a seu bel prazer. Quanto a isso, ele mostrou um grande recesso na democracia.

Por isso, ele sempre foi eleito de forma apertada, sempre com os votos dos pobres e da extrema pobreza. Contrastando, com isso, a sua realidade política, o que é louvável, aparentemente.

No entanto, com sua morte, precisa-se saber se Chavez deixou alguém preparado para dar continuidade a uma política de proteção também aos abastados, os quais, de fato, sustentaram nestes últomos doze anos as necessidades que o chavismo deu ao pobre.

Numa política capitalista, a qual de fato é a Venezuela, apesar do socialismo moreno de Chavez, não se sustenta a pobreza por tanto tempo se esta não justificar os resultados dos benefícios alcançados em curto e médio prazos. Pois se este tipo de esmola permanecer, a economia do país sucumbirá por completo.

Veja o caso dos Estados Unidos até antes de George W. Bush. Era um país inquestionalvemente rico. O mais poderoso do mundo. Assim, como a Europa Central (França, Inglaterra, Itália, Alemanha), que entrou em declínio.

Por que estas coisas aconteceram nestes mundos? Simples! A entrada de milhões de pessoas famintas do exterior para ocupar os trabalhos dos cidadãos que não queriam atuar em empregos de categorias inferiores.

Quando os governantes estadunidenses e europeus perceberam o rombo de uma economia de lucro (além de suas corrupções) estava sendo desviado para assistir aos famintos e necessitados, a situação econômica entrou em colapso.

A saída para eles, principalmente a Europa, está sendo mandar de volta os imigrantes para, então, arrumar a bagunça feita e corrigir a economia de sustentabilidade de antes, que vinha sendo seguida a risca desde os tempos medievais.

Os Estados Unidos estão tendo maior dificuldade para se corrigirem porque o seu presidente, por ser um negro, tem que equilibrar a balança, sem ter que tomar medidas drásticas.

Mesmo porque são os pobres imigrantes que mantém Obama na presidência.

O Brasil, cujo governo goza de estar no paraíso, não é muito diferentemente de Chavez, pratica o mesmo gesto de política de sustentabilidade dos menos favorecidos.

Apesar dos neopetistas ou lulismo não admitirem, temos que entender que esta política de ajustes sociais teve início, obrigatoriamente, com Fernando Henrique Cardoso. No entanto, como o PSDB vê resultados de políticas sociais a médio e longo prazos não conseguiu se manter no poder.

Não foi o caso de Lula e do PT que quando assumiram o poder tinham uma linha de nomes importantes nos ministérios e nas secretarias. Foi o caso de Frei Betto que, com maestria, elaborou uma política de assistencialismo para a completa erradicação da extrema pobreza no Brasil. Uma das medidas foi substituir a cesta básica por dinheiro em conta bancária, pois no governo FHC, as cestas não chegavam aos mais necessitados, pois eram desviadas no meio do caminho.

Com esta idéia, Lula cresceu, pois a população pobre e a classe média baixa passaram a freqüentar bancos. Passaram a ser vistos como integrantes da sociedade brasileira, o que não ocorria antes na história do Brasil.

Ações louváveis, sem dúvida alguma. No entanto, elas estão se alongando e se deteriorando. E até quando o Governo brasileiro terá condições de sustentar a pobreza? Ainda mais agora gastando todas as reservas com Copa do Mundo e Jogos Olímpicos?

Mesmo porque, o Banco Mundial, após dez anos do governo neopetista está cobrando resultados positivos destas ações.

O governo que aí está não conseguiu apresentar nenhum saldo favorável em torno do Salário Família e outros assistencialismo.

Se não houver, de forma planificada, uma política de ajustes econômicos reais entraremos no rumo de um futuro sem resultados dos investimentos que estão sendo aplicados agora. É chover no molhado e quem se beneficiará disso são apenas os políticos de plantões, como sempre.

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