Enfim, a agonia de Hugo Chavez chegou ao
fim. No entanto, começam a agonia dos órfãos e dos seus asseclas. Por outro
lado, a morte do caudilho dá ares de novas perspectivas aos que não se sentiam
tão confortáveis com os modelos socializantes do chavismo.
Mais uma vez, a Venezuela se lança a um futuro
incerto. Se o modelo de Chavez de acudir os mais necessitados teve alguns
resultados sociais significantes, por outro lado trouxe uma completa ingerência
no desenvolvimento econômico para todos em condições iguais.
Chavez, nestes anos todos, aplicou a velha
política de Robin Hood. Ou seja, esvaziou os cofres da economia do país, rico
em petróleo, para dar aos mais necessitados. O que não é errado.
Ocorre que ele cobriu um lado e descobriu
outro. Esta política de justiça social não trouxe a estabilidade tão almejada a
toda a população venezuelana.
Além disso, para se manter no poder, Chavez
mudou a regra política e econômica a seu bel prazer. Quanto a isso, ele mostrou
um grande recesso na democracia.
Por isso, ele sempre foi eleito de forma
apertada, sempre com os votos dos pobres e da extrema pobreza. Contrastando,
com isso, a sua realidade política, o que é louvável, aparentemente.
No entanto, com sua morte, precisa-se saber se
Chavez deixou alguém preparado para dar continuidade a uma política de proteção
também aos abastados, os quais, de fato, sustentaram nestes últomos doze anos as
necessidades que o chavismo deu ao pobre.
Numa política
capitalista, a qual de fato é a Venezuela, apesar do socialismo moreno de Chavez, não se sustenta a
pobreza por tanto tempo se esta não justificar os resultados dos benefícios
alcançados em curto e médio prazos. Pois se este tipo de esmola permanecer, a
economia do país sucumbirá por completo.
Veja o caso dos Estados Unidos até antes de
George W. Bush. Era um país inquestionalvemente rico. O mais poderoso do mundo.
Assim, como a Europa Central (França, Inglaterra, Itália, Alemanha), que entrou
em declínio.
Por que estas coisas aconteceram nestes
mundos? Simples! A entrada de milhões de pessoas famintas do exterior para
ocupar os trabalhos dos cidadãos que não queriam atuar em empregos de
categorias inferiores.
Quando os governantes estadunidenses e
europeus perceberam o rombo de uma economia de lucro (além de suas corrupções) estava
sendo desviado para assistir aos famintos e necessitados, a situação econômica
entrou em colapso.
A saída para eles, principalmente a Europa, está
sendo mandar de volta os imigrantes para, então, arrumar a bagunça feita e
corrigir a economia de sustentabilidade de antes, que vinha sendo seguida a
risca desde os tempos medievais.
Os Estados Unidos estão tendo maior dificuldade para
se corrigirem porque o seu presidente, por ser um negro, tem que equilibrar a
balança, sem ter que tomar medidas drásticas.
Mesmo porque são os pobres imigrantes que mantém
Obama na presidência.
O Brasil, cujo governo goza de estar no
paraíso, não é muito diferentemente de Chavez, pratica o mesmo gesto de política
de sustentabilidade dos menos favorecidos.
Apesar dos neopetistas ou lulismo não admitirem, temos que
entender que esta política de ajustes sociais teve início, obrigatoriamente,
com Fernando Henrique Cardoso. No entanto, como o PSDB vê resultados de
políticas sociais a médio e longo prazos não conseguiu se manter no poder.
Não foi o caso de Lula e do PT que quando assumiram o
poder tinham uma linha de nomes importantes nos ministérios e nas secretarias.
Foi o caso de Frei Betto que, com maestria, elaborou uma política de
assistencialismo para a completa erradicação da extrema pobreza no Brasil. Uma
das medidas foi substituir a cesta básica por dinheiro em conta bancária, pois
no governo FHC, as cestas não chegavam aos mais necessitados, pois eram desviadas
no meio do caminho.
Com esta idéia, Lula cresceu, pois a população
pobre e a classe média baixa passaram a freqüentar bancos. Passaram a ser vistos
como integrantes da sociedade brasileira, o que não ocorria antes na história
do Brasil.
Ações louváveis, sem dúvida alguma. No entanto, elas
estão se alongando e se deteriorando. E até quando o Governo brasileiro terá
condições de sustentar a pobreza? Ainda mais agora gastando todas as reservas com Copa do
Mundo e Jogos Olímpicos?
Mesmo porque, o Banco Mundial, após dez anos do
governo neopetista está cobrando resultados positivos destas ações.
O governo que aí está não conseguiu apresentar
nenhum saldo favorável em torno do Salário Família e outros assistencialismo.
Se não houver, de forma planificada, uma política
de ajustes econômicos reais entraremos no rumo de um futuro sem resultados dos
investimentos que estão sendo aplicados agora. É chover no molhado e quem se
beneficiará disso são apenas os políticos de plantões, como sempre.
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