Diante dos
absurdos que pastores e líderes das
igrejas tidas como cristãs no mundo estão cometendo em nome de Jesus é
necessário questionar-se até aonde e quando estas pessoas tem autoridade para
falar em nome do Deus Verdadeiro?
Digo isso pelo o que a Palavra de Deus tem me revelado,
conscientemente, de que não há hoje, em nome de Jesus, alguém autorizado para
se intitular pastor, profeta, bispo, apóstolo, reverendo, seja lá o tipo de
títulos que eles próprios se atribuem. Não vou nem sitar o padre, por que esta
função é totalmente herética e nem faz parte das atribuições expressas na
Palavra de Deus. Como muitos já sabem de cor e salteado, padre, traduzido do
espanhol, significa pai.
Ainda que tenhamos um pai sanguíneo na Terra, para o cristão
verdadeiro só há um Pai: o Deus Todo Poderoso, Pai de todos os que aceitam
seguir suas ordens nos dias que se sucedem.
Lendo as
passagens dos capítulos 33 e 34 de
Ezequiel me foi mostrado como Deus gostaria que seus profetas e pastores
agissem diante deu seu povo, a Casa de Israel.
Naqueles tempos, Deus via o povo israelita como ovelhas e todo o
território de Canaã como vasto campo para o pastoreio e o curral (ou aprisco)
era o Templo, onde o Senhor Deus, o Dono das ovelhas, se comunicava com elas.
No entanto, Ele deixou as ovelhas sob os cuidados de pastores que deveriam
ficar atentos para que nenhuma delas se perdessem. Nomeou, então, os levitas
como pastores. Deu a cada um deles atribuições: sumo sacerdote, sacerdotes,
escribas e doutores da Lei (os teólogos de hoje).
Todos tinham
direito a seus salários e o dono das
ovelhas os pagava com a décima parte (dízimo) de tudo o que as 11 tribos
produziam da Terra. Ainda para colaborar com isso, o Dono irrigava a Terra no
tempo certo para que dela fosse retirada toda a riqueza necessária para a
subsistência confortável das ovelhas.
Com o passar do
tempo, as constantes e longas viagens
do Dono das ovelhas, estas iam entediando os pastores que passaram a roubar,
judiar e matar as ovelhas. Estas gritavam pelo retorno do Dono.
Este ficou sabendo das atrocidades cometidas pelos pastores.
Passou, então, a enviar seus representantes (profetas) para denunciar o estado
de exploração e violência, e alertava que estava para chegar a qualquer momento
quando acertaria contas com cada um deles.
Mas os pastores, gordos e ainda insaciáveis, desdenhavam dos
representantes e até os matavam.
Furioso, o dono deu um ultimato e anunciou que assumiria o
pastorado até que nomeasse um pastor da sua estirpe.
“Providenciarei
um só pastor para cuidar das minhas ovelhas. Será o meu servo Davi. Ele cuidará
delas, e será o seu pastor. Eu serei o Senhor Deus delas, e o meu servo Davi
será o seu chefe” (Ezequiel
34:23-24).
De Fato, Davi, após consertar as arruaças da Casa de Israel,
deu às ovelhas o que o Dono delas havia prometido: uma época de muita
prosperidade.
Contudo, com o passar dos anos, o pastor Davi caiu no marasmo
e foi seduzido pelo Diabo até que bolou o plano demoníaco de adultério e
assassínio da esposa de sua amante.
O Dono das
ovelhas enviou seu representante
(profeta Natã) e este revelou os pecados do pastor Davi.
Tudo voltou
como antes, os pastores se tornaram
mais cruéis que antigamente a ponto de todas as ovelhas serem dispersas por
outras pastagens e serem cuidadas por 'pastores' ainda mais violentos.
O Dono retomou o controle de tudo e passou, novamente, a enviar seus
profetas para libertar suas ovelhas e retorná-las ao curral. Ocorre que muitas
das ovelhas se tornaram rudes ao seu verdadeiro Dono e passaram a não aceitá-lo
mais, acostumadas ao comando dos pastores atrozes.
Ainda mais
furioso, o Dono manda um aviso e
afirma que virá resolver a questão enviando seu Filho, que será o único e
último pastor. Este, de fato, veio, mas a maioria das ovelhas, já envenenadas
pelos costumes de seus pastores, não só rejeitaram ao herdeiro como resolveram
matá-lo.
Triste, magoado e com sede de justiça, o Dono resolve acabar
com o curral, com o pasto e dispersou as ovelhas de uma só vez por toda Terra.
Agora, o Dono não deseja mais ter ovelhas. E ressuscitando
o Filho, dá a este, como autoridade única, a condição de só chamar pessoas que
estejam dispostas a aceitar sua ordem: amar a Ele, ao Filho e a todos os irmãos
para viverem num novo Céu e numa nova Terra.
Com base na relação histórica de Deus com Israel e a rejeição
destes a Jesus, cessa-se o comprometimento de pastoreiro. Vivemos uma época em
que Deus, por meio de Jesus, chama aos fiéis para fazer parte de seu filho. Ou
seja, em Jesus, somos irmãos e filhos do Deus Pai, não importando quem você
seja: judeu, grego ou de qualquer outra nacionalidade.
Não são mais ovelhas os chamados para a obediência divina.
Com isso, não há mais pastor, pastoreio, aprisco, curral. Só
há apenas um convite: arrepender-se, batizar-se e seguir a Jesus com fidelidade
em tudo o que se encontra em seus evangelhos (Novo Testamento).
Ainda que o
apóstolo Paulo, em 1º Coríntios
12:28, atribua funções, estas são para o Corpo de Cristo. São funções
diretamente ligadas a uma questão de ordem das assembléias, não que elas tenham
autoridade e peso sobre os fiéis. No versículo 27, ele ressalta que todos,
indistintamente de funções e atribuições, pertencem ao Corpo de Cristo e que
estão sob a autoridade Dele e não dos homens. Mais adiante, no capítulo 13,
reafirma que se todos não estiverem sob o domínio do Amor não estarão,
certamente, sob a autoridade de Jesus, que é pleno Amor.
Diante dos
acontecimentos horrorosos que se
sucedem nos dias atuais, cuidado a todos que se deixam contaminar, submeter-se
mesmo, às autoridades de 'pastores', 'apóstolos', 'bispos', 'teólogos',
'reverendos', 'profetas', 'papas', 'padres', 'santos', etc, que aí estão.
Cuidado!
A submissão deve-se unicamente a Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo,
que estando a destra do Deus Pai nos oferece a sua única promessa a todos os
homens da Terra: a Salvação.
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