segunda-feira, abril 22, 2013

A VOLTA DO ABSOLUTISMO

Se depender das homilias que o papa Francsico I tem proferido, o mundo retornará aos tempos das barbáries da Santa Inquisição. Ele diz que a Igreja Católica é a única em que se pode encontrar a Salvação, assim como é a que tem autoridade para interpretar as Escrituras de Deus

DE SORRISO afável e demonstração de amistosidade nos primeiros momentos da posse, aos poucos o papa Francisco I, o temido ex-cardeal de Buenos Aires, mostra sua caixa de ferramenta e coloca em evidência por que foi eleito ao posto mais alto da Igreja Católica.


DAS suas primeiras homilias, ele não esconde qual será o seu papel e porque foi colocado à frente dos católicos.

DIAS ATRÁS (12 de abril), Francisco reacendeu uma chama que se encontrava sepultada desde antes de João XIII: o fato de a Igreja abdicar a ser a única instituição cristã capaz de interpretar a Bíblia.

DIAS ANTES, porém, ele soltou mais uma ao afirmar que o catolicismo é soberano sobre a herança deixada por Jesus Cristo.

O QUE ele quer dizer com isso? Que a Igreja Católica é a única em que a humanidade pode encontrar a Salvação em Jesus.

QUE o Deus Todo Poderoso e Justo não permita tal coisa!

FRANCISCO, perante o Comitê da Bíblia do Vaticano, rebateu o protestantismo sobre a polêmica da interpretação subjetiva, rejeitando esta tese e reafirmando que apenas a Igreja Católica tem a habilitação de poder interpretar de forma correta as Escrituras do Antigo e Novo Testamento.

PARA fortalecer sua tese, o papa recorreu ao Concílio Vaticano II (1962 – 1965) e à Constituição ‘Dei Verbum’ que falam sobre o papel da Igreja neste contexto. “Tudo o que está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em última análise, sujeito ao julgamento da Igreja, que realiza o seu mandato divino e o ministério de preservar e interpretar a palavra de Deus”, ressaltou.

NO ENTENDER de Francisco, a sagrada tradição do catolicismo garante à Igreja transmitir a Palavra de Deus a todos os povos da Terra. “A insuficiência de qualquer interpretação sugestiva, ou simplesmente limitada a uma análise incapaz de acolher o significado global que tem sido construído há séculos pela tradição de todo o povo de Deus”.

O QUE se tira disso? A Igreja Católica, com atraso, tenta retomar, em pleno século 21, uma situação em que ela não foi capaz de fazer ao longo de quase dois mil anos.

NÃO se tira o mérito do catolicismo ter sido a guardadora de importantes documentos da história cristã no mundo ao longo dos séculos.

CONTUDO, devido ao seu egoísmo feroz e atroz, não fez o verdadeiro papel de evangelização solicitada por Jesus.

ALÉM do mais, se beneficiou do fato de abusar das verdades evangélicas ao compartilhar com as vontades mundanas, inclusive levando à fogueira milhares, talvez milhões, de pessoas, por se achar detentora infalível dos desígnios de Jesus, o Filho de Deus.

TAMBÉM pesa sobre a Igreja Católica, historicamente, ter transformando as vontades de Jesus em paganismo ao fundir as coisas pagãs do Império Romano às doutrinas de Jesus. Ou seja, misturou o que era profano com o sagrado. E mantém estas mesmas atitudes até hoje, como se nada tivesse acontecido.

DIANTE destas inconseqüências, o catolicismo não tem mais moral para se achar no direito de ser a única capaz de interpretar as Escrituras de Deus.

NA VERDADE, Francisco, a exemplo de João Paulo II, deveria estar pedindo perdão de seus pecados e também os da Igreja, a qual se encontra enlameada até o pescoço com os casos de pedofilia de seus clérigos.

DEVEMOS, uma vez por todas, dizer não ao retrocesso e caminharmos livremente em direção a Jesus Cristo, por meio dos Evangelhos da Boa Nova legados pelos seus apóstolos a toda a humanidade, conforme Ele determinou.

CABE a cada ser humano interpretar a Palavra de Deus, se possível com auxílio de pessoa completamente obediente aos propósitos do Deus Único e Vivo ou pela inspiração do Espírito Santo.

BASTA somente isso para crermos em Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo.

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