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De gravata vermelha 'Dr. Rey', com seu gesto de excentricidades constantes, posa ao lado da cúpula do PSC como a nova aquisição às eleições de 2014 |
O PARTIDO Social
Cristão, a sigla PSC, como se diria na gíria futebolística, fez uma
contratação de peso para montar o seu time com vistas às eleições do ano que
vem.
A CONTRATAÇÃO foi a do falacioso e personalista
Roberto Miguel Rey, um brasileiro pobre nascido no Brasil, mas que teve a grata
sorte de ser adotado por família de estadunidenses e lá entre os yankees teve a
grande oportunidade de cursar cirurgia plástica.
ATÉ aí
nada de anormal. Ocorre que Rey, conhecido por ‘Dr. Rey’ tentou tornar-se
celebridade do Jet - set estadunidense por meio de um programa de TV, onde
ficou conhecido por ‘Dr. Hollywood’. Uma fama rápida que o tornou conhecido no
mundo da cirurgia plástica. Até aí também nada de anormal.
COM esta
bagagem a tiracolo, não se sabe por qual razão, talvez saudades do país de
origem, deixou o Tio Sam e desembarcou no Brasil. Para entrar de sola no
restrito e fechadíssimo mundo da cirurgia plástica do país, Rey procurou entrincheirar-se
naquilo que dá mais popularidade instantânea no Brasil: a TV.
TIRO certo.
Na Rede TV fez programa e, rapidamente, galgou o espaço projetado para se
tornar um brasileiro de sucesso, nem tanto pela profissão, mais pelo seu
exibicionismo, tentando se aproximar de Boy George, caso pudesse.
REY é
excêntrico, personalista, vaidoso, gosta de freqüentar academias, bom
vivant, adora o espocar dos flashes de máquinas fotográficas e de vídeos.
APARENTEMENTE se
mostra simpático e devotado à
família, apesar dos modos estranhos de se vestir, de se portar, quase
andrógino. Enfim, busca mostrar a educação yankee que teve aos brasileiros.
NO ENTANTO, ele diz ser mormonista, ou seja, é
adepto da Igreja dos Santos dos Últimos Dias, conhecida por Igreja Mórmon,
misto de cristianismo com crenças de doutrinas humanas, inspiradas pelos seus
fundadores. Para os evangélicos e católicos não passa de uma seita herética a
serviço de Satanás.
AÍ está
um breve perfil do ‘Dr. Rey’ ou ‘Dr. Hollywood’.
ESTA é
a nova aquisição do PSC. Até aí nada de anormal.
OCORRE que
o PSC, que no seu passado não tão distante, foi um partido muito severo na filiação
de seus membros, parece ter aderido a onda do tudo ou nada para abocanhar certa
fatia do poder político do país.
TEMPOS atrás,
para se filiar ao partido era necessário, antes de tudo, ser um cristão de
verdade e a serviço dos bons costumes e na defesa da doutrina cristã, da
família e da propriedade. Não era qualquer pessoa que podia freqüentar as
reuniões da sigla.
ERA rotina, então, dizer que o partido se
assemelhava à maçonaria. Suas reuniões eram silenciosas, comedidas e sem muito qüiproquó.
A proposta das reuniões não tinha como objetivo ganhar eleições a qualquer
custo em decorrência da queda da moral e da ética que o partido mantinha. Por
isso, o PSC era um partido intermediário, sem inchaço em suas fileiras.
O QUE mudou então no
partido? Muitas
coisas mudaram e a doutrina cristã foi deixada de lado, principalmente quando
Edir Macedo utilizou-se da sigla para crescer na política.
O PARTIDO perdeu ainda
mais sua ‘identidade
cristã’ justamente quando membros da Assembléia de Deus, Os Gideões e outras
denominações pentecostais se apossaram do comando, dando novos rumos. Até os membros
católicos, convictos se retiraram.
O PSC segue exemplos adotados pelo PCdoB (Partido
Comunista do Brasil), PV (Partido Verde) e tantas outras siglas que abandonaram
seus propósitos fundamentais para lutarem por fatias dos poderes municipais,
estaduais e federal.
UM EXEMPLO, o que entende de militância
comunista o cantor Netinho de Paulo para fazer parte do PCdoB?
O MESMO se
pergunta do ‘Dr. Rey’. O que ele entende de cristianismo para fazer parte
do PSC, sendo um mormonista?
BEM! São perguntas que em termos de fidelidade
partidária não interessam mais a ninguém. O que importa é que tanto Netinho
como ‘Dr. Rey’ são populares e podem se eleitos.
O PARTIDO que
eles representam pouco importa. O que importa mesmo é que eles dizem o que
povo deseja ouvir. E o povo, por sua vez, vota sem saber por que estão votando.
E fica tudo bem.
ASSIM caminha o Brasil. Até onde não importa. Importa é que
esteja caminhando, mesmo que não haja um rumo.
FOI este mesmo povo que possibilitou a eleição de Marco
Feliciano a deputado federal e que vive uma vida conturbada como presidente
indesejado da Comissão dos Direitos Humanos e que, como ‘cristão’ prega o rodo
contra os homossexuais, negros, a mulher, sem qualquer distinção e pudor.
LAMENTÁVEL!
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