O BRASIL é um paraíso para estrangeiro que fogem de qualquer coisa de seus países
de origens. Menos para o brasileiro sem dinheiro que jamais será bem recebido
em terras estranhas, a não ser que seja por algo muito útil: mão de obra
barata, futebol ou prostituição.
DESDE criança até os dias atuais, assisti certos
filmes que mostram a América do Sul, tendo o Brasil em evidência maior, como
rota de fugas dos foras da lei para aqui se esconderem.
ALIAS, o Brasil foi formado por foragidos, com os portugueses enviando para
cá degredados e o que havia de pior nas paragens lusitanas. Vieram para cá
ladrões, traidores do reino, cafetões, assassinos, prostitutas, tudo o que era
imprestável. Vieram com a missão de povoar a nova e imensa terra, e conviver
forçadamente entre os nativos. Depois vieram os negros.
ENFIM, chegamos a este século como um país sem uma cultura única, mas de
várias culturas e línguas. Com isso não conseguimos forma uma nação, como
fizeram os espanhóis com as terras das cordilheiras dos Andes.
SE bem que tivemos a oportunidade de sermos
colonizados por holandeses e franceses. Infelizmente isto não aconteceu,
ficamos sob a guarda dos portugueses.
MAS, o pior é que, além de não termos uma identificação de um povo, de uma
raça, mais gente está chegando fugindo de seus governantes atrozes, dos fiscos,
perseguição religiosa, dos crimes cometidos e assim por diante.
LEMBREMOS muito bem de Ronald Biggs, o famoso ladrão inglês que
assaltou o trem pagador britânico e conseguiu chegar até aqui com boa parte da
grana roubada. O governo inglês insistiu longos anos por sua extradição, a qual
foi negada pelo Itamaraty e Justiça brasileira.
NOS anos em que aqui viveu, em meio ao clima carioca, Biggs acabou ficando
pobre, pois muita gente se beneficiou do dinheiro sujo dele, roubando-o em
troca de sua permanência. Teve muita gente boa do colarinho branco e
personalidades do Jet-Set que abocanharam alguns quinhões da grana roubada de
Biggs. Quem teve certa aproximação com ele foi o famoso colunista Ibrahim Sued,
que fazia a ponte para o mundo dos flashes de Copacabana, Ipanema e outros
points da gente rica do Rio.
O GOZADO é que não se sabe exatamente como Biggs conseguiu
guardar o dinheiro nas três décadas que aqui viveu. No banco não foi possível,
pois era dinheiro roubado. Na favela, onde ele gostava de freqüentar, foi
impossível, pois igualmente seria roubado. Dizem as más línguas que um fidalgo
casal carioca se deu ao luxo de guardar o dinheiro em cofre de uma das mansões.
Quanta gentileza.
A BEM DA VERDADE é que só poderemos saber algo pelo
próprio Biggs. É que ele, depois de anos em terra tupiniquim, já idoso e
paupérrimo, resolveu se entregar à Scotland Yards, a charmosa polícia inglesa.
Antes, porém, vendeu direitos de sua história, roubo e vida no Brasil ao jornal
The Sun para um livro que já saiu em Londres. A publicação, quando circular
pelo Brasil, deverá fazer muitos túmulos de gente importante do Brasil se
abrir, se isso for possível. Ele promete contar tim-tim por tim-tim. Até um
filme já está sendo projetado tendo este livro como roteiro.
MAS não foi só Biggs que fugiu para o Brasil. Há
muito mais gente. Os japoneses, fugindo da guerra, chegaram aos montes e se
esconderam nas terras que o famigerado Incra distribuiu a qualquer estrangeiro
que viesse para cá lidar com as terras, menos os brasileiros legítimos.
DE FATO, o governo brasileiro sempre viu o povo brasileiro como vagabundo. Anos
atrás, quando ainda era presidente do país, Fernando Henrique Cardoso quase foi
linchada por dizer o que não queria dizer (dizendo-se que foi mal entendido) ao
afirmar sem querer querendo que os aposentados eram ‘vagabundos’. Por causa
desta frase impensada perdeu para Lula e vem perdendo três eleições para o PT.
PIOR que FHC foi atribuído a Getúlio Vargas que,
cercado por uma milícia intransponível, que o brasileiro era um matuto não
chegado ao trabalho e que não estava preparado para a riqueza.
POR ISSO, ele mandou o Incra abrir a porteira para muitos estrangeiros
explorarem as terras brasileiras. Alemães e italianos, assim como os japoneses,
fugindo da guerra contra Hitler, ficaram com as terras mais produtivas do país:
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e parte
do interior paulista.
AS TERRAS ficaram para eles, mas a mão de obra
escrava, forçada e barata ficou para os brasileiros oriundos dos índios e
negros, os vagabundos de Getúlio.
HÁ uma lista enorme para citar casos e nomes de
foragidos abrigados pelos governantes do Brasil. Vamos ater aos fatos mais
recentes, como o do italiano Cesare Battisti que, protegido por Lula, Dilma e
seus apaniguados, é fugitivo da justiça italiana, acusado de assassinatos. Mas
no Brasil é cidadão brasileiro e vive à custa do próprio governo e do pessoal
da esquerda. Virou até escritor. Enquanto isso, o verdadeiro brasileiro padece
para sobreviver o dia-a-dia da sua vida.
RESSALTA-SE, como exemplo, o caso da mulher que
ocupa a presidência da República. Dilma chegou ao Brasil ainda na barriga da
mãe, com o pai búlgaro fugindo das autoridades daquele país europeu dos Bálcãs.
Conseguiu asilo e por aqui ficou.
OUTRO caso mais recente ainda é o do ator francês Vincent Cassel.
Ele, em entrevista franca e direta para o site IG, disse que está no Brasil
para fugir das mãos poderosas do atual governo francês que deseja confiscar
parte da riqueza conquistada ao longo de sua vida, a exemplo do que aconteceu
com o também compatriota Gerard Depardieu, que preferiu se exilar na Bélgica. “O
momento lá é difícil por causa da crise e deste governo perdido, que diz ser de
esquerda. Mas isso não existe. Chamamos até de esquerda caviar (risos). Fugi do
astral da França, que está ruim e negativo”, disse ele durante a entrevista.
BON vivant, bonachão, cara de malandro, boa papo e com 49 anos ainda
em forma, Cassel escolheu o Brasil para fugir do fisco francês. E neste quesito
ele pode estar se dando bem, desde que não se atreva a depositar seu rico
dinheiro em bancos brasileiros.
TENDO a semelhança da cara do bom malandro brasileiro,
Cassel, com esta característica, está se dando muito bem entre os cariocas. Ou
seriam fluminenses?
CONTUDO, Cassel, ao lado da esposa e também atriz italiana Mônica Bellucci, não
vive o glamour da bela França, onde se respira ainda, teoricamente, o ar da
belle époque.
AQUI no Brasil, a observar pelas imagens dos paparazzis, o casal vive um
ritmo bem carioca. Ele bom freqüentador dos bares cariocas e se dando bem com
as mocinhas, enquanto ela se torna uma boa comilona, engordando como é
tradicional na mulher italiana. Perdendo, com isso, a beleza fotogênica que a
notabilizou como uma das mais belas mulheres do mundo.
É de se imaginar a razão de se trocar a beleza
magistral de uma França romântica e genial por um Brasil cuja paisagem, como a
do Rio, se perde a um emaranhado de montanhas de barracos? O que há de belo
nisso?
TAMBÉM, como brasileiro, não se entende muito bem porque personalidades
internacionais são levadas para verem a favela carioca como roteiro principal
de suas visitas? Porque no Brasil o feio é atrativo, enquanto o belo é
desprezado? Apesar dos pesares, Cassel, em sua fuga, é bem vindo e que evite
ser roubado ou seqüestrado com sua família.
MAS o que dizer da chegada, por contêineres de centenas de
nigerianos e haitianos que o governo da presidente búlgara resolveu adotar? E
cada vez mais chegam africanos, chineses, coreanos e povos que fogem das
tristes realidades de seus países.
Como receber estas pessoas num momento em que o brasileiro poderia
estar, em tese, se aproveitando dos muitos eventos que acontecem no país: Copa
do Mundo e Olimpíadas?
COMO adequar estas pessoas foragidas a uma
economia que não tem garantia alguma de estabilidade? E quando passar a
bonança?
ANDANDO pelas ruas centrais de São Paulo deparamos com
um bando de nigerianos e haitianos andando de lá para cá tentando sobreviver
entre os milhões de nordestinos e pobres brasileiros.
UMA vantagem eles estão tendo: recebem ajuda de
custo do governo brasileiro e dos organismos internacionais. E o brasileiro
pobre, recebe o quê?
PARA finalizar, não poderia deixar de mencionar o fugitivo mais expoente
da história do Brasil: Dom João VI, rei de Portugal que, graças a Napoleão
Bonaparte e a Inglaterra, por aqui instalou a corte lusa.
POR meio deste acontecimento histórico, o Brasil conseguiu alcançar o
início de sua civilização. Se não fosse por isso, o país poderia estar hoje na
mesma situação de Angola, Moçambique, Macau ou Guiné.
ESTE foi o único fugitivo que trouxe luz ao Brasil.
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