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Por vaidade pessoal e ambição política, vice-governador Guilherme Afif Domingos abandona o povo paulista para cair em engodo lulista |
ATÉ DIAS atrás, Tinha-se uma impressão relativamente boa do
empresário Guilherme Afif Domingos. Acompanhei algumas trajetórias de sua vida
política desde quando era presidente da Associação Comercial de São Paulo.
ELE é oriundo da escola de Paulo Maluf. Aliás, aprendeu com este
sobre a arte de se fazer política. Quando Maluf entrou em declínio, Afif se
afastou deste para não ficar com a imagem arranhada, o que fez muito bem. No
entanto, não tinha como esconder sua ligação malufista. Assim como a presidente
Dilma não tem como esconder seu passado de guerrilheira.
CHE GUEVARA, quando assumiu o poder de Cuba com Fidel Castro não
agüentou viver com o tédio da burocracia. Largou tudo e foi ser guerrilheiro.
Esta é uma das atitudes que admirei no Che. Mesmo sendo médico, rico e asmático,
preferiu ser guerrilheiro. Foi autentico no que fazia e morreu por isso,
acreditando que podia libertar a América do Sul da opressão capitalista.
VOLTEMOS ao Afif. Pois bem, tinha-se uma boa impressão dele, mesmo
sendo um homem rico. Não há dúvidas de que ele é responsável direto pelo
desenvolvimento e expansão dos pequenos e médios negócios no Brasil.
SÓ por isso, ele já merecia ter sido prefeito, governador e
presidente da República, pois é um bom entendedor de economia e hábil na área
do empreendedorismo.
CONTUDO, Afif pisou na bola, demonstrando que não é um
político coerente, mas oportunista, como qualquer outro comum da triste
realidade política brasileira. Enfim, a máscara caiu.
ELE
foi convidado para assumir, hoje, o 39º
ministério criado por Dilma Rousseff, o de Micro e Pequena Empresa, sem abrir
mão de ser vice-governador do Estado de São Paulo. Ou seja, Afif pula para o
lado do governo federal, mas com um pé no governo estadual.
POR MAIS democracia que possa haver nesta sua postura não há sentido
coerente de se manter em cima do muro, participando de dois governos
completamente antagônicos.
EM ENTREVISTA para o jornal Brasil Econômico, Afif disse que acumulará
as duas funções e não pensa em renunciar a função de vice-governador. “Fui
eleito. Tive voto. Estou honrando meu mandato e trabalhando por São Paulo e
pelo Brasil em um campo que o eleitor me conhece”, disse.
NA
TEORIA parece lindo e exemplar o que Afif disse. No entanto, pensando pelo lado
da ética e da necessidade de se moralizar o país, ele não está honrando o
compromisso pelo qual foi justamente eleito com o atual governador Geraldo
Alckmim.
POR
SUA ambição de fazer história política, Afif tem até o direito de assumir o
ministério, mas tem que renunciar ao posto pelo qual foi eleito. O que não pode
é ficar em cima do muro e ocupar um ministério pelo qual será manipulado pelo
PT.
AFIF
entende tudo de negócios econômicos, mas de condução política se mostra néscio ao
achar que poderá fazer seus projetos funcionarem no governo lulista.
MUITO
pelo contrário, sua escolha foi feita para desestabilizar a
política paulista, já que se aproxima mais uma eleição, com o PT louco e
babando para abocanhar a governança do estado mais rico do país.
AFIF
deveria rever esta situação e ficar ao lado dos paulistas pelo
qual foi eleito. Há mais para se fazer em favor dos paulistas onde está do que
correr atrás de sua vaidade e se comprometer com um governo que está detonando
o país.
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