Numa de suas
aparições públicas, em uma de suas
centenas de unidades da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) no Brasil, o
funcionário público aposentado, o ex-espírita, o ex-assembleiano, o ex- pastor
e agora também ‘bispo’, ‘jornalista’, e ‘escritor’, Edir Macedo, que
responde a vários processos por lavagem de dinheiro e desvios de impostos do
Governo Federal, discorreu sobre uma ‘novidade’ que não é tão novidade, mas que,
enfim, vindo da boca dele se tornou novidade.
Ele disse aos
quatro ventos que a maioria dos
pastores evangélicos do mundo inteiro está endemoninhado: “Eu não tenho o
mínimo medo. Eu tenho certeza do que estou falando. Pelo que eu conheço, pelo
que eu já vi, a maioria deles não é liberto”, disse abertamente em seu site.
Em tese ele tem certa dose de razão. Observando pela ótica do
Cristianismo que aí está é possível que o quadro seja este mesmo.
Vejamos, no Brasil, que há dois séculos tem o costume de copiar
tudo o que é de horrendo dos Estados Unidos, as igrejas evangélicas atuais
estão mais para o espiritismo afro do que para as verdades deixadas por Jesus
em seus Evangelhos da Boa Nova (Novo Testamento) que, numa de suas ordenanças,
afirmou não haver em hipótese alguma união entre as Trevas (o que pertence a
Satã) e a Luz (o que é de Deus).
Disse mais
ainda: “Não há como servir a dois
senhores; ou agrada um ou desagrada ao outro”.
Os
pastores das correntes evangélicas
pentecostais e neopentecostais, das quais pertencem Edir Macedo e suas Iurds,
estão mais preocupados em fazer do Deus Todo Poderoso seu subalterno do que
levar o ser humano injustiçado e oprimido ao Caminho de Jesus.
Afirmam terem
visões de Deus e que conversam com
Ele em completa intimidade. Garantem aos crentes que se estes cumprirem os
ritos das igrejas denominacionais terão bençãos e mais bençãos, mesmo que não
conheçam Jesus pela Palavra, que não se arrependam, que não se batizem nas
águas, que não se convertam.
O mais absurdo: garantem que estes receberão o Espírito Santo se
colaborarem fielmente com as obras da igreja, contribuindo religiosamente com o
dízimo, doando generosas ofertas, participando de milagrosas campanhas.
Nos últimos
tempos as ações destas igrejas se
tornaram ainda mais estranhas ao se converterem em verdadeiros shoppings de
muambas, apetrechos, amuletos e códigos: distribuições de rosas ungidas, água
ungida do rio Jordão, pedras sagradas do Monte Horebe, lascas de pedras da
Muralha de Jericó, areia do deserto da Judéia, leituras dos salmos de Davi, uso
da bíblia aberta nas páginas dos salmos como amuleto, água benta via rádio e TV
(seguindo o mesmo exemplo de padre Donizetti nos anos 60 e 70), estas e muitas
outras coisas.
Há coisas ainda mais estranhas, como a da Igreja Plenitude do
Trono de Deus que oferece namoros e casamentos das irmãs descasadas ou
solteiras, anunciando aos homens que venham encontrar sua Rebeca num de seus
‘cultos abençoados’. O anúncio é feito constantemente por uma tal de 'bispa'
Ingrid, casada com um tal de 'apóstolo', Agenor Duque, os quais garantem
estarem ungidos pelo Senhor.
Até o pastor
Paulo Romeiro, tido como um dos
poucos homens que se mantinham ponderado no falar, disse em seu programa
sabatinal, na Musical FM (105,7), no quadro de perguntas e respostas, que a
mulher crente descasada está livre para casar com quem ela desejar, indo
totalmente contra o que Jesus ensinou a respeito do divórcio.
Estas são
algumas das aberrações que se vê e
ouve falar das igrejas denominacionais. Há muito mais coisas acontecendo. Um
exemplo é a Igreja Maranata, cujos líderes estão encarcerados por desviarem os
dízimos para suas contas particulares. Não é só esta denominação que se
encontra nesta situação, outras aplicam e continuam, descaradamente, aplicando
estas práticas nada sui generis para quem alega estar em Jesus.
Outras coisas
intragáveis nas igrejas são as formas
de rituais. Músicas de mais, menos ensinamentos e mais avivamento, mais danças.
E o pior: avivamento espiritual de Deus para todos os que se encontram no
local. Enfim, mais se parece uma boate do que culto. Até a Congregação Cristã,
muito respeitada por longos anos, aderiu ao ritmo corre atrás do espírito
em suas reuniões cultuais.
Igrejas
tradicionais, como a Presbiteriana,
Batista, Anglicana, cujos cultos estão se esvaziando de fiéis, aos poucos
também se adaptam no mesmo ritmo, investindo, timidamente, em apetrechos
semelhantes para atraírem mais pessoas às suas cultos consideradas mornas, mas
que tinham certa consistência no ensinamento.
Diante do
quadro de confusão evangélica
generalizada, é natural que os pastores, a mando das igrejas sedes, apelem para
os gostos populares. Valendo tudo para satisfazer os instintos egoístas. Ou
seja, do jeito que Satã requer.
Com certeza, em lugares assim, Deus não faz morada, pois estão
todos fazendo as vontades de Satã, menos, logicamente, que as de Jesus, o qual
já frisou que não há união entre luz e trevas.
Jesus disse que
Deus é Espírito e convém adorá-lo em
espírito e não em matéria. Se uma pessoa busca a Jesus de todo o coração terá
um encontro espiritual com Ele. Por isso, não é necessário buscar a um
espetáculo teatral para encontrá-lo.
Diante desta
avaliação, Edir Macedo tem razão em
afirmar o que disse, está certíssimo. Mas se esqueceu de que ele é responsável
por todo este estado de coisas do evangelicalismo brasileiro, pois foi um dos
fundadores e fez escola na formação destes tais ‘pastores endemoninhados’.
As igrejas
evangélicas brasileiras necessitam
urgentemente de se arrependerem e se converterem ao verdadeiro Caminho que leva
ao Verdadeiro e Único Deus, por meio de seu Filho Amado Jesus Cristo. Sem isso,
não há salvação.
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